Educadores institucionais participam de formação sobre pessoas com deficiência

Objetivo do workshop foi promover uma reflexão sobre os termos corretos de tratamento, legislação e inclusão dessa população

Palestrante Marinalva Cruz, secretária adjunta da SMPED | Foto: Letícia Nascimento/ASCOM

 

O Brasil é exemplo em termos de legislação para pessoas com deficiência, mas ainda existem lacunas a serem preenchidas na área, especialmente em questões de acessibilidade. Visando a promover uma parada estratégica de debate das leis e garantia dos direitos a essa população, nesta segunda-feira, 1 de abril, a EMASP, em parceria com a Secretaria da Pessoa com Deficiência, promoveu o workshop A Pessoa com Deficiência: Conhecer para Incluir, ministrada por Marinalva Cruz, secretária adjunta da SMPED.

O encontro foi especialmente ofertado aos educadores institucionais da EMASP e demais escolas de governo da Prefeitura, e abordou o contexto histórico da pessoa com deficiência, os principais avanços, conceitos, terminologias, tipos de deficiência, barreiras existentes e tecnologias assistidas como facilitadores do processo de inclusão dentro e fora da sala de aula.

Durante a formação, Marinalva citou o preconceito que os deficientes sofrem no mercado de trabalho. Segundo a palestrante, toda a empresa é obrigada a contratar pelos menos 5% de deficientes, mas algumas instituições só os empregam para cumprir essa cota, e não os consideram como parte importante da equipe de trabalho. “A cultura do brasileiro não enxerga a capacidade das pessoas com deficiência. É preciso mudar esse comportamento”.

Segundo Marinalva, o ‘melhor dos mundos’ seria aquele em que a inclusão fosse algo natural, sem precisar do amparo de programas e leis especiais. “Seria ótimo se não precisasse existir uma secretaria específica [para atender as demandas dos deficientes], e que todas as procuras com relação à saúde, cultura, esporte, educação e trabalho pudessem ser atendidas nos espaços de serviços oferecidos. Na prática esse ainda é um processo demorado, mesmo com todos os avanços que já tivemos”, explica a secretária adjunta.

 

Dinâmica em dupla: um dos participantes de cada dupla ficou vendado, enquanto o outro foi auxiliando na realização das atividades propostas | Foto: Letícia Nascimento/ASCOM