Secretário Rogério Sottili, prefeito Fernando Haddad e embaixador do Haiti se reúnem para tratar dos imigrantes haitianos em São Paulo

Foi discutida a questão daqueles que estão com o passaporte vencido ou sem passaporte

O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, se reuniu na manhã desta terça-feira, dia 6, com o prefeito Fernando Haddad e o embaixador do Haiti no Brasil, Madsen Chérubin, para discutir ações que permitam aos imigrantes haitianos que estão com o passaporte vencido ou sem passaporte obter o novo documento (ou a certidão consular) com mais rapidez.

Sem o passaporte, os haitianos que chegam à Cidade vindos do Acre não conseguem obter o visto brasileiro e a carteira de trabalho, ficando impossibilitados de trabalhar.

Na reunião, o embaixador propôs a criação de um posto avançado da Embaixada do Haiti em São Paulo, para resolver esses casos. Também foi discutida a necessidade de esclarecimentos junto à população haitiana para que evite a entrada no Brasil por terra, sobretudo pela ação de coiotes (pessoas que realizam a travessia ilegalmente), e de articulações junto ao Itamaraty para um aumento na capacidade de concessões de visto na Embaixada de Porto Príncipe.

Após o encontrou, houve uma visita à Missão Paz, ligada à paróquia Nossa Senhora da Paz, no Glicério, centro, que já recebeu mais de 450 refugiados, para o levantamento dos haitianos que estão sem passaporte ou com o passaporte vencido.

A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) também se reuniu com o Ministério da Justiça, o governo do Estado e o governo do Acre, na segunda-feira, dia 5, e nesta terça, dia 6, em Brasília, para definir encaminhamentos para o caso dos haitianos.

Abrigo temporário

Na segunda-feira, dia 5, o prefeito Fernando Haddad anunciou a abertura de um novo espaço para abrigar esses imigrantes, com capacidade para 120 pessoas, localizado a cerca de 200 metros da Missão Paz.