Seu Santo, feirante do Kinjo desde 1976

Quando o assunto é pimenta, as opiniões são diversas, seja sobre o gosto picante ou pelos seus benefícios à saúde.

Mas, para quem tem curiosidade ou até mesmo vontade de se aprofundar no assunto, nada melhor do que fazer uma visita ao comerciante Santo Rodrigues, 73 anos, mais conhecido como “Seu Santo”, comerciante do mercado municipal Kinjo Yamato.

Seu Santo aprendeu desde criança com seus pais a arte de cultivar pimentas. Hoje, longe da produção, mas com a experiência adquirida por toda a sua vida, Seu Santo comercializa uma variedade de produtos que atrai pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo, como fregueses constantes de estados como Maranhão e Bahia que o procuram, não só para comprar, mas para anotar receitas de preparo do condimento.

Sempre muito alegre, todos o conhecem e fazem questão de cumprimentá-lo ao passar por seu quiosque, “é muito bom estar com o público, me sinto bem e isso me traz felicidade, pois tudo isso é muito gratificante”, completa Santo Rodrigues.

As pimentas mais vendidas por ele são, entre as mais conhecidas, a malagueta, o dedo de moça e a pimenta de bode, e as mais fortes são a Red Savina e a indiana Bhut Jolokia, esta última conhecida no mundo inteiro pelo seu forte sabor.

Com uma variedade de aproximadamente 150 espécies, a pimenta é um alimento muito rico em vitaminas A, C e E. Seu Santo afirma que elas ajudam na prevenção de ataques cardíacos e, ainda o seu consumo acelera o metabolismo do organismo, ação que facilita a perda de peso.

 

História do Mercado Kinjo Yamato


A cobertura do Kinjo Yamato, tombada pelo patrimônio histórico, veio da Escócia e sua finalidade era cobrir uma estação de trem que ficava no Anhangabau, mas veio para o atual local.
O Mercado Kinjo foi criado para dar suporte para a construção do Mercado Municipal Paulistano, inaugurado em 1933. Em 1936, inaugurou-se Mercado Municipal Kinjo Yamato especializado em hortifruti.
O nome do Mercado foi escolhido para homenagear o primeiro imigrante japonês a se formar em odontologia.
Em 2007, o local passou por reforma, retirando o asfalto colocado, indevidamente, sobre o paralelepípedo original.
Hoje, o Kinjo ampliou a oferta de produtos, comercializando ramos de atividade como: peixaria, lanchonete, doceria e floricultura.