Conpresp aprova abertura de processo de tombamento da residência Felisberto Ranzini

Em estilo eclético, residência construída em alvenaria de tijolos de barro aparentes e estrutura de madeira foi tombada

O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – Conpresp, retomou suas atividades no dia 20 de janeiro com a realização da 450ª Reunião Ordinária. Com a decisão dos Conselheiros presentes foram emitidas as duas primeiras resoluções do ano de 2009, considerando os valores arquitetônicos, históricos e artísticos, da antiga residência do arquiteto Felisberto Ranzini (1881-1976) e do conjunto de elementos internos ao Edifício Sampaio Moreira, localizado à Rua Libero Badaró nº 340, 346 e 350.

A Resolução 1/Conpresp/09 abriu processo de tombamento para a antiga residência do arquiteto Ranzini, em estilo eclético.

Nascido na Itália, veio para o Brasil e estudou no Liceu de Artes e Ofícios, em São Paulo, onde também foi professor. Ingressou no escritório Ramos de Azevedo em 1920 e, em 1922, adquiriu um lote na Rua Santa Luzia (Liberdade) para construir sua moradia, finalizada em 1924. Com dois pavimentos, a distribuição interna seguia o padrão vigente para o período, assim como a presença de um porão, habitável, típico em residências burguesas.

Construída em alvenaria de tijolos de barro aparentes e estrutura de madeira, a residência possui uma fachada simétrica, onde todas as aberturas estão localizadas no centro, como pode ser observado na foto abaixo. Internamente, as paredes são ornamentadas, notadamente na sala de estar e de visitas, com grandes painéis retangulares pintados de vermelho e verde.