Conpresp tomba imóveis da Subprefeitura da Sé e Aeroporto de Congonhas

Conpresp aprovou o tombamento definitivo de imóveis indicados como Zona Especial de Preservação Cultural (ZEPEC) na região da Subprefeitura da Sé e do Aeroporto de Congonhas. Em ambos os casos, já havia abertura de processo de tombamento.

Em reunião realizada hoje, o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) aprovou o tombamento definitivo de imóveis indicados como Zona Especial de Preservação Cultural (ZEPEC) na região da Subprefeitura da Sé e do Aeroporto de Congonhas. Em ambos os casos, já havia abertura de processo de tombamento.

Na reunião também foi aprovada a abertura de processo de tombamento dos imóveis do Núcleo São Joaquim – Pirapitingui, definido pelas ruas Fagundes, Galvão Bueno, Tamadaré, Antonio Prudente, Vergueiro e Avenida Liberdade.

Os imóveis localizados na Subprefeitura da Sé e que seguem protegidos são: Rua Piauí, 527, esquina com a Rua Itacolomi que deverão ter preservação integral da volumetria e características arquitetônicas externas da edificação principal e preservação integral do hall de entrada, sala com lambris de madeira, portas com vitrais, do grande vitral e serralheria da escada e preservação integral dos pilares dos portões de entrada e do gradil de ferro trabalhado das fachadas das ruas Piauí e Itacolomi; Rua Buri, 35 – antiga Casa de Sérgio Buarque de Holanda: preservação integral da volumetria e características arquitetônicas externas; Vila da Travessa Dona Paula: preservação integral da volumetria e características arquitetônicas externas. Os imóveis ficam localizados na Rua Coronel José Eusébio, 95; Vila da Rua José Ferreira Rocha e Rua Taguá, preservação integral da volumetria e características arquitetônicas externas. Os imóveis situados nas ruas Fagundes, José Ferreira da Rocha e Taguá. Ao todo, estão preservados 118 imóveis.

Ficam excluídos da resolução de tombamento 15 imóveis localizados nas Ruas Piauí e Mato Grosso. Os bens foram considerados sem valor significativo de caráter cultural, paisagístico e ambiental para sua preservação por meio do tombamento.

AEROPORTO DE CONGONHAS

Primeiro aeroporto de grande porte, capacitado para receber vôos internacionais, o Aeroporto de Congonhas foi inaugurado em 1955. Concebido pelo arquiteto Hernani do Val Penteado, que combinou elementos art déco e de arquitetura moderna no núcleo original do prédio, o Conpresp deliberou pelo tombamento dos seguintes elementos constitutivos, remanescentes da década de 1950: Pavilhão das Autoridades, Terminal de Embarque e Desembarque de Passageiros e estrutura de metal em arco triarticulado do Hangar. No Pavilhão das Autoridades ficam preservados itens de decoração como um conjunto de espelhos decorados do Salão Nobre de autoria do arquiteto francês Jacques Monet.

Ficam definidas as seguintes diretrizes de preservação: no caso do Pavilhão das Autoridades, ficam preservados o conjunto de oito espelhos decorados do bar do Salão Nobre de autoria do arquiteto francês Jacques Monet, um painel de autoria atribuída a Di Cavalcanti e Clóvis Graciano, com dimensão de 3,5 metros de altura por 16 metros de extensão, entre outros itens.

No Terminal de Embarque e Desembarque de Passageiros, a preservação é das características externas das fachadas da edificação voltadas para a Avenida Washington Luís e dos espaços internos e elementos arquitetônicos e artísticos do saguão central, antigo salão de dança e restaurante, alas norte e sul, obras artísticas, entre elas, o Mapa Mundi criado por Hernani do Val Penteado e Raymond A Jehlen, um busto de Santos Dumont, entre outras obras. Com relação à estrutura de madeira do hangar, a preservação é integral.

Também foi estabelecida área envoltória interna e externa ao aeroporto.