Comemoração do Centenário das Feiras marca processo de modernização e apoio à produção orgânica de SP

Discurso do Secretário Artur Henrique enfatiza política de resíduos sólidos das feiras como ‘adubo orgânico’ para a produção rural. Decreto assinado pelo prefeito Fernando Haddad permitirá instalação das feiras nos centros esportivos

Por: Andréa Garbim

Em comemoração ao Centenário das Feiras Livres de São Paulo, a Supervisão Geral de Abastecimento da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE) organizou um evento especial para os feirantes, nesta segunda-feira, 25, no Mercado Municipal.

A cerimônia contou com a presença do Secretário Artur Henrique, do Prefeito Fernando Haddad, do Secretário Simão Pedro, do Presidente do Sindicato dos Feirantes, José Torres, entre outras autoridades. Na oportunidade, o secretário Artur foi presenteado com uma placa de bronze, pelo Sindicato da categoria.

A primeira feira oficial implantada na cidade foi a do Largo General Osório, na época, no centro, com 26 feirantes. A segunda feira formalizada instalou-se, também no centro, no Largo do Arouche, com 116 feirantes. Até o ano seguinte, outras cinco feiras se consolidaram – mais uma em cada um desses pontos e outras três no Largo Morais de Barros, no Largo São Paulo e na Rua São Domingos, na região da Bela Vista.

Para comemorar a data, Artur Henrique destacou o concurso do Melhor Pastel de Feira de São Paulo, além do lançamento do livro sobre a história das feiras e o anúncio do decreto regulamentador, assinado no último dia 22/08, pelo prefeito Fernando Haddad. O decreto nº 55.434 autoriza a instalação das feiras orgânicas (e de produtos de transição agroecológica) em equipamentos esportivos da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação.

Na regulamentação anterior havia um entendimento legal de “impedir” a disposição das feiras livres nos centros esportivos municipais e comunitários. Com este decreto, as feiras poderão ser instaladas nesses espaços, cabendo sua administração à Supervisão Geral de Abastecimento da SDTE.

A comemoração recebeu cerca de 300 pessoas que prestigiaram o evento, momento em foram apresentados os vídeos da história das feiras, juntamente com os feirantes e representantes da agricultura. “É um momento importante para a cidade de São Paulo. Hoje, temos 880 feiras regularizadas - o que representa 12 mil feirantes cadastrados e um público de, aproximadamente, 3 milhões de pessoas semanalmente. E nós vamos continuar trabalhando para contribuir com a categoria”, reforça Artur.

“Esse resgate histórico do papel das feiras livres como um convívio família e a possibilidade de ter cada vez mais pessoas indo às feiras junto aos seus familiares, seja para comer um pastel, seja para escolher um produto de boa qualidade, de preços acessíveis, mostra o quanto a feira livre é importante”, finaliza Artur Henrique.

Cidade Sustentável

Em abril deste ano, a SDTE lançou um edital de chamamento público aos produtores de agricultura familiar interessados em ocupar espaço público para comercialização de produtos orgânicos em feiras livres no município.

"A Prefeitura percebeu que existe uma grande oportunidade de incentivar a agricultura familiar e os produtores rurais, mas que também existe uma enorme oportunidade de venda desses produtos. Estamos dando demonstrações, sinalizações e ações de que São Paulo quer resgatar e fortalecer o papel das feiras livres e das feiras de orgânicos como um símbolo da cidade", afirmou o Secretário Artur Henrique.

Além disso, a administração municipal mantém ainda um projeto piloto de compostagem de restos de frutas e verduras em uma feira em São Mateus, na Zona Leste. Os resíduos deixam de ser encaminhados para aterros sanitários e começam a virar adubo para o trabalho justamente dos pequenos produtores rurais. Há planos para que a iniciativa seja reproduzida nas mais de 800 feiras semanais do município.

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