Mediadoras da GCM solucionam caso em escola de Pinheiros

Na tarde de hoje (21/05), a Casa de Mediação de Conflitos de Pinheiros, finalizou com sucesso mais um caso. Dessa vez, o problema envolvia a Escola Estadual Aristides de Castro, localizada no bairro Itaim Bibi, e três alunas do ensino fundamental, entre 14 e 15 anos.

De um lado, a direção da escola se queixava do comportamento das meninas, que lhes rendia diversas suspensões. Do outro, as alunas alegavam que sofriam discriminação, por morarem na comunidade Funchal.

Diante da situação, a Conselheira Tutelar de Pinheiros, Rosana Maria dos Santos, procurou o serviço oferecido pelas Casas de Mediação de Conflitos da GCM. “As mediadoras já me procuraram anteriormente para divulgar o trabalho. Elas foram até o Conselho Tutelar para explicar como funcionava o projeto e deixaram alguns folders. Aí resolvi procurá-las para ver se dava certo”, conta.

O primeiro encontro ocorreu no dia 29 de abril, na Inspetoria Regional de Pinheiros, entre as mediadoras Maria Madalena Rodrigues Lima da Silva e Ana Beatriz de Souza, com as três jovens, suas respectivas mães e a conselheira tutelar. No encontro seguinte, a reunião foi feita com a diretora da escola, Ana Silvina Salles.

“Primeiro, conversamos separadamente com cada parte envolvida. Depois, visitamos a escola e a comunidade em que elas viviam. Fomos conhecer os dois ambientes para entender o ponto de vista de cada um”, explica a GCMF Beatriz.

E por fim, o terceiro encontro, onde todos participaram e chegaram a um consenso, ocorreu hoje na própria escola.

“No Termo Consensual de Compromisso que será assinado, a direção da escola se compromete a acolher e a apoiar essas alunas, fazendo com que elas permaneçam na escola. Já o Conselho Tutelar deve se manter neutro na situação. E as meninas devem melhorar o seu comportamento. Os pais também devem se empenhar para que tudo isso ocorra”, ressalta a GCMF Madalena.

Mas o serviço oferecido pela GCM não para por aí. “Agora vamos monitorar a situação. Vamos manter contato e visitá-los”, afirma a GCMF Madalena.

A diretora da escola, que é referência na região, ficou satisfeita com o encerramento do caso e com o trabalho das mediadoras. “Esse projeto é fundamental. As guardas sabem como buscar o equilíbrio da situação e, em todos os momentos, se mantiveram neutras”, afirma Ana Salles.

As mediadoras Madalena e Beatriz também conseguiram, junto ao Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) da região, atendimento voluntário de psicologia para uma das jovens.

Como funciona

O trabalho das “Casas de Mediação de Conflitos” busca ajudar a instituir uma cultura de paz na cidade, possibilitando que as pessoas possam, através de uma solução proposta pelos mediadores, chegar a um consenso através do diálogo, além de reduzir os indicadores de violência.

A mediação de conflitos também tem o objetivo de diminuir o número de encaminhamentos às Delegacias, Prontos-Socorros, Tribunais e a outros serviços públicos, contribuindo para que esses órgãos se concentrem em problemas mais prioritários.

Podem ser encaminhados às “Casas de Mediação de Conflitos” problemas como: perturbação de sossego, brigas de vizinhos, queixas de barulhos, intolerâncias, entre outros tipos de conflitos. Fatos considerados como crimes, não comportam mediação.

O serviço é gratuito e está disponível 24h para a comunidade, em 31 endereços das Inspetorias da Guarda Civil Metropolitana. Os padrões de atendimento e procedimento são unificados em todas as unidades e as audiências dispensam a presença de advogado.

O cidadão pode obter informações diretamente nesses locais ou por meio do telefone 153.

 

Texto: Mônica Casanova