Notas Técnicas - Anomalias Congênitas - Município de São Paulo

Tabnet

Apresentação

O Tabnet é uma ferramenta de tabulação online da SMS. Nessa versão permite caracterizar a população de nascidos vivos, a população de mães dos nascidos vivos e a produção dos estabelecimentos de saúde e dos partos domiciliares.

O Tabnet “Anomalias Congênitas - Exclusivo” foi desenvolvido para realizar a tabulação sobre nascidos vivos com anomalias congênitas. Foi necessária a modificação da estrutura do banco de dados do SINASC para que fosse possível tabular tanto as frequências sobre as características do nascido vivo com presença de anomalia congênita como as sobre os tipos e quantidades de anomalias congênitas expressadas através do código internacional de doenças (CID10) – causa múltipla de anomalia. Os dados são atualizados periodicamente, portanto os dados do ano corrente são provisórios.

As variáveis foram subdivididas em blocos, a partir das variáveis da declaração de nascidos vivos (DNV) e foram usados três traços para dar destaque (que não servem para tabular), a saber:

  1. ---Variáveis sobre o RN---
  2. ---Variáveis sobre Anomalia Congênita---
  3. ---Variáveis sobre a mãe---
  4. ---Sobre a gestação e o parto---
  5. ---Sobre o local de ocorrência---

Para tabulação é necessário a escolha de:

Linha - Campo obrigatório.
Coluna - Opcional.
Conteúdo - Campo obrigatório.
Períodos disponíveis - Campo obrigatório.
Seleções disponíveis - Opcional.

O Conteúdo é subdividido em:

NV de mães residentes MSP: Número de nascidos vivos de mães que residem no município de São Paulo. (Residência).
NV Geral: Número geral de nascidos vivos de mães do município de São Paulo. (Total = Residência e Ocorrência).
NV de partos ocorridos MSP: Número de nascidos vivos de partos ocorridos no município de São Paulo. (Ocorrência).
Freq de CID Anomalias: Número de anomalias no total.

Descrição das variáveis disponíveis para tabulação

1º BLOCO: RECÉM - NASCIDO
Ano do Nascimento
Mês do Nascimento
Sexo
Peso ao nascer
Faixa peso
Apgar 1° Min e Apgar 5° Min


2º BLOCO: ANOMALIAS CONGÊNITAS
Anomalias CID 10 GRUPO
Anomalias CID10 3C
Anomalias CID10 4C
Anomalias RECLAM Grupo
Anomalia monitoramento RECLAM
Anomalia Classif Clearinghouse (ICBDR)
Quantidade de anomalias

3º BLOCO: MÃE
Faixa de idade da Mãe
Idade da mãe
Raça/cor mãe *
Nacionalidade mãe (país)*
Naturalidade mãe (estado)*
Estado civil da mãe
Escolaridade mãe
Ocupação da mãe


4ª BLOCO: GESTAÇÃO E PARTO
Duração de gestação
Idade Gestacional *
Tipo de Gravidez
Tipo de Parto
Consultas Pré-Natal
Faixa de Qtd de filhos Nasc.Vivos
Faixa de Qtd de filhos Nasc.Mortos

5º BLOCO: LOCAL DE OCORRÊNCIA
Local ocorrência
Município residência
Município ocorrência
Estabelecimento tipo de Gestão
SubPrefeitura residência
SubPrefeitura ocorrência .
Supervisão T. Saúde residência
Supervisão T. Saúde ocorrência
Coord. Reg. Saúde residência
Coord. Reg. Saúde ocorrência

 

Descrição das variáveis disponíveis para tabulação por blocos

Variáveis sobre o Recém Nascido

Ano do Nascimento
Ano do nascimento da criança desde 2006

Mês do Nascimento
Mês do nascimento da criança

Sexo
Sexo do recem nascido:

  • Todas as categorias
  • Femino
  • Masculino
  • Ignorado.

Peso ao Nascer (Faixa)
Faixa do peso ao nascer em gramas (g) distribuídos na seguinte ordem:

  • Todas as categorias
  • < 500 g
  • 500g a 999g
  • 1.000g a 1.499g
  • 1.500g a 1.999g
  • 2.000g a 2.499g
  • 2.500g a 2.999g
  • 3.000g a 3.999g
  • 4..000g e mais
  • Ignorado

Faixa de peso
Faixa do peso do recém nascido em gramas (g):

  • Todas as categorias
  • menos que 2,500g
  • 2500g e mais
  • Ignorado

Apgar 1º Minuto e Apgar 5º Minuto
Índice utilizado para avaliar a vitalidade do recém nascido no 1º e no 5º minuto de vida, validado de 0 a 10. Agrupados na seguinte ordem:

  • Todas as categorias
  • 00 a 03
  • 04 a 07
  • 08 a 10
  • Ignorado

Apgar 1º Minuto e Apgar 5º Minuto - Detalhado

Teste de Apgar
Criado em 1952, com o objetivo de avaliar a vitalidade do recém-nascido, pela anestesista norte-americana Virginia Apgar. O teste baseia-se em cinco critérios de avaliação, que individualmente, podem receber 3 notas (0, 1 ou 2), somando o total de 10 pontos.

  • Frequência cardíaca;
  • Respiração;
  • Tônus muscular;
  • Prontidão reflexa e
  • Cor da pele.

A observação do 1º minuto diz como ocorreu a transição intraútero para a vida fora do corpo materno e a avaliação do 5º minuto determina melhor as condições do bebê, que já deve estar mais estável. Para atribuir as notas, questões objetivas são avaliadas. “Em relação à cor da pele, por exemplo: se o bebê nasce roxo, escuro, ele terá nota 0 (zero). Se o bebê apresentar as extremidades arroxeadas, a nota será 1 (um) e, se ele estiver corado, razoavelmente rosado, receberá nota 2 (dois).” O mesmo acontece com os demais critérios, como respiração: se o bebê não respirar ao nascer, receberá 0 (zero). Se apresentar respiração inadequada, irregular, receberá 1 (um) e, se nasce com um choro forte, rigoroso, receberá 2 (dois).

Análise das avaliações:

Apgar entre 08 e 10 – bebês considerados saudáveis, com boa adaptação e não passaram por asfixia.

  • Apgar entre 06 a 07 – bebês apresentaram asfixia leve e transitória;
  • Apgar entre 03 e 05 – bebês apresentaram asfixia moderada;
  • Apgar entre 00 a 02 – bebês apresentaram asfixia grave.

Caso a criança não apresente melhora significativa até a segunda avaliação (5º minuto) deverá ser novamente observada aos 10 minutos de vida. Bebês com Apgar baixo, principalmente após a avaliação de 10 minutos, devem receber acompanhamento maior no primeiro ano de vida.

Variáveis das Anomalias congênitas

Anomalia CID 10 GRUPO
Anomalias congênitas por grupo de CID 10 (Classificação estatística Internacional de Doenças e problemas de relacionado a saúde da décima revisão).

Anomalia CID10 3 Caracteres
Anomalia agrupada por códigos de 3 dígitos da CID-10.

Anomalia CID10 4 Caracteres
Anomalia agrupada por códigos de 4 dígitos da CID-10.

Anomalia RELAMC Grupo
Anomalias congênitas agrupadas segundo a Rede Latinoamericana de Malformações Congênitas Constitui uma rede de registros nacionais, subnacionais e o ECLAMC, que realiza de forma cooperativa a vigilância epidemiológica de anomalias congênitas em países da América do Sul, Central, Caribe e México.

Obs: O município de São Paulo integra essa Rede desde sua fundação.

Link de RELAMC: www.portalrelamc.org

Anomalias classificada por RELAMC
Anomalias congênitas classificadas segundo a Rede Latinoamericana de Malformações Congênitas.

Anom Clearinghouse (ICBDR)
Anomalias congênitas cujo monitoramento é recomendado pela rede International Clearinghouse for Birth Defects. Página do Clearinghouse.

Obs: Para mais informações: http://www.icbdsr.org

Qtd anomalias
Quantidade de anomalias congênitas diagnosticadas por nascidos vivos.

  • Todas as categorias
  • 1 anomalia
  • 2 anomalias
  • 3 anomalias
  • 4 anomalias
  • 5 anomalias
  • 6 anomalias
  • 7 anomalias
  • 8 anomalias
  • 9 anomalias
  • 10 anomalias
  • 11 anomalias
  • 12 anomalias
  • 13 anomalias
  • 14 anomalias
  • 15 anomalias

Variáveis sobre a Mãe

Faixa de idade da mãe
Faixa etária agrupada de 5 em 5 da mãe, iniciado aos 10 anos e 61 e mais anos.

  • Todas as categorias
  • 10 - 14 anos
  • 15 - 19 anos
  • 20 - 24 anos
  • 25 - 29 anos
  • 30 - 34 anos
  • 35 - 39 anos
  • 40 - 44 anos
  • 45 - 49 anos
  • 50 - 54 anos
  • 55 - 59 anos
  • 60 e mais anos
  • ignorado

Idade da mãe
Idade detalhada da mãe, esse campo não há agrupamento.

Raça/cor mãe* (a partir de agosto de 2011):

  • Branca
  • Preta
  • Amarela
  • Parda
  • Indígena
  • Não informada

Nacionalidade mãe (país)*
País do nascimento da mãe.

Estado civil

O campo estado civil mudou para situação conjugal, a partir de agosto de 2011, no município de São Paulo e teve incluída a opção união estável. Apresentada segundo as categorias:

  • Solteira
  • Casada
  • Viúva
  • Separada judicialmente
  • União estável
  • Ignorado

Escolaridade Mãe
Faixa de escolaridade materna, em anos de estudo da mãe:

  • Nenhum
  • 1 a 3 anos
  • 4 a 7 anos
  • 8 a 11 anos
  • 12 anos e mais
  • Ignorado

Ocupação da mãe
Campo sobre a ocupação de trabalho materno até o momento do parto pelo código de CBO (Classificação Brasileira de Ocupação).

Link da tabela do SINASC no DATASUS, onde você pode baixar: http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0901&item=1&acao=28

Variáveis sobre a  Gestação e Parto

Duração Gestação *
Faixa de idade gestacional em semanas.

  • Menos de 22 semanas
  • 22 a 27 semanas
  • 28 a 31 semanas
  • 32 a 36 semanas
  • 37 a 41 semanas
  • 42 semanas e mais
  • Ignorado

Idade Gestacional *
Idade gestacional detalhada.

Tipo de Gravidez
Tipo de gravidez da mulher, levando em consideração a quantidade de fetos da gestação.

  • Ùnica
  • Dupla
  • Tripla e mais
  • Ignorada

Tipo de Parto
Tipo de parto ocorrido.

  • Vaginal (todos os partos por via baixa, incluindo fórceps e vácuo-extrator)
  • Cesária

Consultas de pré-Natal
Faixa de consultas de pré-natal realizadas, divididas nas seguintes categorias:

  • Nenhuma
  • 1 a 3 consultas
  • 4 a 6 consultas
  • 7 consultas e mais
  • Ignorado

Faixa da Qtd de filhos Nasc.Vivos
Faixa da quantidade de filhos nascidos vivos que a mulher teve anteriormente. Agrupada nas categorias seguintes:

  • Todas as categorias
  • Nenhum (primigesta)
  • 1 a 3
  • 4 a 6
  •  7 e +
  • Não preencher
  • Ignorado

Faixa da Qtd de filhos Nasc.Mortos
Faixa da quantidade de filhos que nasceram mortos que a mulher teve anteriormente. Agrupada nas categorias seguintes:

  • Todas as categorias
  • Nenhum
  • 1 a 3
  • 4 a 6
  • 7 e +
  • Não preencher
  • Ignorado

Variáveis sobre o Local de Ocorrência

Município residência
Município onde a mãe reside.

Município ocorrência
Município onde ocorreu o parto.

Local ocorrência
O local onde ocorreu o parto sendo eles distribuídos nas seguintes categorias:

  • Hospital
  • Outro estabelecimento de saúde
  • Domicílio
  • Outro
  • Ignorado

Estabelecimento tipo de Gestão
Estabelecimento de tipo gestão.

Subprefeitura residência (PMSP)
Subprefeitura de residência da mãe, da prefeitura municipal de São Paulo.

Subprefeitura ocorrência (PMSP)
Subprefeitura de ocorrência do parto, da prefeitura municipal de São Paulo.

STS. Saúde residência
Supervisão Técnica de Saúde (STS) de residência da mãe. O município de São Paulo está subdividido em 27 Supervisões Técnicas de Saúde que compõem as 6 Coordenadorias Regionais de Saúde.

Para mais infomações: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/organizacao/index.php?p=5406

STS. Saúde ocorrência
Supervisão Técnica de Saúde de ocorrências (STS) do parto, da prefeitura municipal de São Paulo (STS). O município de São Paulo está subdividido em 27 Supervisões Técnicas de Saúde que compõem as 6 Coordenadorias Regionais de Saúde.

CRS de residência
Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de residência da mãe. O município de São Paulo está subdividido em 6 Coordenadorias Regionais de Saúde.

CRS de ocorrência
Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) de ocorrência do parto. O município de São Paulo está subdividido em 6 Coordenadorias Regionais de Saúde.

FONTE DE DADOS

O SINASC tem como fonte de dados a Declaração Nascidos Vivos (DN), documento padronizado em todo o país pelo Ministério de Saúde que deve ser preenchido para todo nascido vivo do território brasileiro.

Os dados aqui disponíveis são produzidos pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Município de São Paulo, gerenciado pela Coordenação de Epidemiologia e Informação da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, em conjunto com as Supervisões Técnicas de Saúde e hospitais/maternidades onde se realizam partos.

PARA MAIS INFORMAÇÕES

Núcleo SINASC - Divisão de Estatísticas Vitais - Coordenação de Epidemiologia e Informação - CEInfo/Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo
Endereço: Rua General Jardim, 36 - 5º andar - CEP 01223-010 - São Paulo - SP.
Tel: (11) 2027-2242 / 2253 / 2254 / 2255
E-mail: sinasc@prefeitura.sp.gov.br

Periodicamente atualizados, os dados do ano são sempre provisórios.

Se quiser conhecer mais sobre o Tabnet consulte:


REFERÊNCIAS..

1CARDOSO-DOS-SANTOS, Augusto César et al . Redes internacionais de colaboração para a vigilância das anomalias congênitas: uma revisão narrativa. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília , v. 29, n. 4, e2020093, 2020. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222020000400400&lng=en&nrm=iso>. access on 18 Nov. 2020. Epub July 29, 2020. https://doi.org/10.5123/s1679-49742020000400003

Manual de aperfeiçoamento no diagnóstico de anomalias congênitas, no link:

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/sinasc/SINASC_ManualAnomaliasCongenitas_2012.pdf