Texto: Thays Reis
Arte: Jessika Amorim

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pela bactéria mycobacterium tuberculosis que, apesar de acometer os pulmões em 85% dos casos, também afeta o coração, gânglios, ossos, fígado, rins e outros órgãos. No mundo, ocorrem cerca de 10 milhões de casos por ano e, no Brasil, cerca de 80 mil casos por ano.

A ocorrência tende a ser maior em pessoas com baixa resistência e em indivíduos que convivem com alguém que está com tuberculose. A transmissão ocorre por via aérea, mas necessita de um contato íntimo e prolongado por cerca de 10 dias. Assim, contatos de curto período com o paciente reduzem as chances de transmissão da doença. O diagnóstico é feito por meio exames de escarro, raio-x e tomografia de tórax.

Embora essa doença tenha cura, os pais e responsáveis precisam estar atentos aos sintomas da tuberculose nas crianças, uma vez que elas têm o sistema imunológico baixo e podem sofrer danos mais graves à saúde. Entre estes sintomas estão: tosse, às vezes com expectoração e sangue, falta de ar, dores no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suores, principalmente ao final do dia.

Desde 1976, é obrigatória a aplicação da vacina Bacilo de Calmette e Guérin (BCG) nas crianças brasileiras, porque a imunização tem eficácia de 71% contra formas mais graves da tuberculose e também diminui a proliferação da doença em locais de risco. Entretanto, segundo uma pesquisa feita pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o número de aplicações da vacina BCG diminuiu muito no Brasil em 2018, ficando com a média de 39,9%, a mais baixa do país, sendo que a meta era de 79,5%. O motivo dessa redução é resultado da percepção enganosa de um “desaparecimento” da tuberculose no país, fato que não condiz com a realidade, visto que a doença causou mais de cinco mil mortes em 2021. Em 2022, a cobertura foi de 82%, o que representou uma leve alta, porém ainda longe do ideal, que seria de 100%, segundo o Ministério da Saúde.

Para se prevenir da tuberculose, é muito importante que haja a identificação e o início imediato do tratamento para reduzir as chances de transmissão do bacilo. As famílias também devem investir em melhorias nas condições habitacionais, para que haja uma maior circulação de ar, e priorizar a vacinação durante a infância.