Cerca de um milhão de pessoas vivem com o HIV no Brasil

Medicação e acompanhamento médico oferecem bons resultados para os pacientes

Texto: Giovanna Almeida
Arte: Jéssika Amorim


 O Dia Mundial de Combate à AIDS, lembrado em primeiro de dezembro, tem como principal objetivo alertar e conscientizar a população sobre a doença. Além disso, a campanha intitulada como Dezembro Vermelho, busca combater a desinformação, o preconceito e o estigma que ainda perdura em torno da AIDS.

“Sabe-se que o vírus do HIV já faz parte dos agentes que causam doenças no humano desde 1977 e 1978. No Brasil, nós tivemos a primeira identificação em 1980. E dois anos depois, esse vírus foi classificado como HIV. Mas, só em 1985 que deram o nome correto do vírus da deficiência humana. Atualmente, há cerca de 40 milhões de pessoas com HIV. No Brasil, aproximadamente um milhão de pessoas.”, afirma o Dr. Marcos Cyrillo, coordenador da Seção Técnica de Controle de Infecção Hospitalar do HSPM.

A Síndrome da Imunodeficiência Humana, popularmente conhecida como AIDS, é uma doença infecciosa transmitida pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Caracterizada pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas, a AIDS é transmitida através de relações sexuais desprotegidas com pessoas que já possuam o vírus (soropositivo), por objetos contaminados ou transfusões de sangue.

A AIDS é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV e surge quando a pessoa apresenta infecções oportunistas que se aproveitam da fraqueza do organismo e da baixa imunidade ocasionada pelo vírus. Portanto, deve-se destacar que ter HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS. Os sintomas mais comuns nessa fase são a febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.

Segundo o coordenador, atualmente o tratamento é feito através de antirretrovirais. Os resultados são bons, mas infelizmente cerca de nove milhões de pessoas no mundo não têm acesso ao medicamento que precisam. “A função do medicamento é fazer com que o paciente tenha uma boa resposta. Não existe vacina no momento, então a medicação, o acompanhamento e a prevenção são muito importantes.”

Por fim, o especialista diz: “Nós, como profissionais da saúde, temos obrigações especiais na prevenção e controle dessa doença que ainda hoje é uma epidemia. Felizmente, nós muitos casos de tratamento com grande sucesso. A doença está diminuindo, mas essa luta ainda não está vencida.”

Os profissionais da área da saúde que assumem o atendimento de pessoas que vivem com o HIV devem adotar uma série de cuidados, especialmente com os equipamentos, descarte adequado do lixo, higienização das mãos e cautela com perfurocortantes.