16 de novembro é o Dia Nacional de Atenção à Dislexia

Orientações adequadas oferecem mais qualidade de vida a quem tem o diagnóstico

 Texto: Giovanna Almeida
 Arte: Jéssika Amorim

O Dia Nacional de Atenção à Dislexia tem como principal objetivo incentivar a realização de eventos sociais e educativos que difundem informações acerca da dislexia, a fim de conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces.


Segundo a fonoaudióloga do Hospital do Servidor Público Municipal, Fabiana Mendes, "a dislexia é um transtorno específico de aprendizagem, de origem genética e hereditária, que acomete de 10% a 15% da população mundial. O indivíduo que possui esse distúrbio apresenta um rendimento escolar inferior ao esperado, apesar do seu potencial intelectual e nível de escolaridade adequados para a idade. Neste sentido, habilidades como leitura, escrita, soletração, aritmética e compreensão de textos são afetados, comprometendo assim o aprendizado escolar.”


O diagnóstico é clínico e realizado por equipe multidisciplinar composta por neuropediatra, fonoaudiólogo, psicopedagogo, entre outros. Além disso, são realizados exames complementares como audiometria, Processamento Auditivo Central (PAC) e avaliação oftalmológica. Contudo, essa avaliação só pode ser realizada após o indivíduo ter passado por dois anos de escolarização.


Conforme dito pela profissional Fabiana Mendes, “a identificação precoce da dislexia é fundamental para que ocorram as intervenções específicas e orientações educacionais necessárias, tal como adaptações do currículo escolar. Isso garante uma maior qualidade de vida para estes indivíduos.”


O essencial do tratamento da dislexia é a participação de uma equipe multidisciplinar. Ainda que não haja cura para o distúrbio, é possível alcançar bons resultados com as medidas corretas, uma vez que essas são adaptadas para as necessidades de cada paciente.


“Pais, profissionais e professores precisam compreender quais são as habilidades e dificuldades do paciente, para direcionar intervenções e adaptações personalizadas. Além disso, deve-se oferecer suporte e ter entendimento desta condição, que acompanhará o indivíduo pela vida toda. Uma criança disléxica não é portadora de deficiência, ela apenas apresenta um jeito diferente de aprender”, aponta a especialista.