Dia Nacional de Combate à Hipertensão relembra cuidados e riscos da doença

Silenciosa, a condição pode comprometer diversos órgãos e levar à morte


Controle da pressão arterial é fundamental para evitar complicações. 

 

Texto e foto: Gabriel Serpa

A hipertensão arterial, popularmente conhecida como pressão alta, é uma condição caracterizada por uma forte pressão que o fluxo sanguíneo exerce sobre a parede das artérias. Pode ser diagnosticada nos casos em que a medida da pressão seja maior ou igual a 140 x 90mmHg (14 por 9). O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial foi instituído em 26 de abril para alertar sobre a importância dos cuidados preventivos e tratamento adequado da doença.

A hipertensão possui forte componente genético: em mais de 90% dos casos é herdada dos pais. No entanto, existem fatores que podem desencadear oscilações da pressão sanguínea, tornando mais propício o aparecimento do problema, como: obesidade, estresse, consumo excessivo de sódio e bebidas alcoólicas e o tabagismo. Alguns grupos também são mais propensos, como pessoas negras, mulheres na menopausa e gestantes.

A hipertensão arterial é uma doença silenciosa e assintomática. A falta de sintomas, no entanto, não faz dela menos perigosa. Pelo contrário: prejudica o funcionamento de órgãos, como rins, cérebro e o próprio coração. Como alerta a coordenadora da clínica de Cardiologia do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Dra. Regina Adler: “A hipertensão arterial é conhecida como ‘assassina silenciosa’. Quando tem sintomas, o primeiro deles pode ser um Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou um infarto do miocárdio”.

Não existe cura para a  hipertensão, mas é possível trata-la e prevenir o aparecimento, em muitos casos. Mudanças nos hábitos alimentares, meia hora de exercícios físicos diariamente, moderação com bebidas alcoólicas e cortar o consumo de tabaco e seus derivados são as estratégias mais indicadas para diminuir os riscos. Ficar atento à diabetes é de fundamental importância para pacientes hipertensos.

É preciso ressaltar a importância da vacinação contra a Covid-19 para quem sofre de pressão alta e de cuidados redobrados. “O vírus da Covid-19 é pior nos hipertensos, porque eles já têm a circulação comprometida e isso se agrava com a infecção da Covid-19”, afirmou a cardiologista do HSPM.

O tratamento pode ser realizado com o uso de medicamentos e consumo de dieta balanceada, aliada a exercícios físicos. “O tratamento não farmacológico é a primeira abordagem para pacientes hipertensos, através de dieta e exercícios. Mas o uso de medicamentos tende a ser necessário na continuidade do tratamento da hipertensão”, finalizou a Dra. Regina Adler.