HSPM realiza cirurgia cardíaca para implante de válvula transcateter pela 1ª vez

Procedimento moderno reduz tempo de operação e promove mais rapidez no processo de recuperação

 

Foto de três médicos e uma médica ao fundo, equipados e fazendo pose para a foto.
Equipe de cirurgiões cardíacos após a operação.

 

Por: Rosângela Dias 


O implante percutâneo transcateter de válvula aórtica (TAVI), procedimento para troca de válvula do coração, foi realizado pela primeira vez no HSPM em outubro. A equipe de cirurgia cardíaca em conjunto com a da Hemodinâmica, efetuou o procedimento para colocação de prótese percutânea em um paciente de 72 anos, diagnosticado com estenose aórtica e que havia passado por outras duas cirurgias convencionais (abertas) e um terceiro procedimento para inserção de marca-passo.

A estenose aórtica é uma doença do coração, causada principalmente pelo envelhecimento, onde a válvula aórtica é mais estreita que o normal, dificultando o bombeamento de sangue do coração para o corpo, resultando em sensação de falta de ar, dor no peito e palpitações.

Há dois procedimentos para o tratamento da doença, dependendo do estado de saúde do paciente: a troca da válvula por cirurgia com peito aberto e o procedimento por cateter colocado na artéria femoral, na coxa ou a partir de um corte feito próximo ao coração. Nesse caso, a válvula defeituosa não é retirada e a prótese é implantada em cima da antiga.

A intervenção proporciona uma série de benefícios por ser menos invasiva, como maior conforto ao paciente e redução do tempo de operação de seis para duas horas, em média, proporcionando maior rapidez na recuperação.

“Na chamada cirurgia convencional, o trauma cirúrgico é maior e o paciente fica ‘mais debilitado’, permanecendo pelo menos de dois a três dias na UTI, além de uma estadia no quarto. Nesse primeiro caso do HSPM, o paciente saiu da sala acordado, passou um dia na UTI, dois no quarto e depois foi para casa”, detalhou o cirurgião cardiovascular Dr. André Luiz Mendes Martins, o médico que realizou a operação. “Há muito batalhamos pelos nossos pacientes e essa incorporação representa um grande avanço técnico de segurança e conforto aos funcionários da Prefeitura de São Paulo”, concluiu o médico.

O especialista reforça que a realização do procedimento só foi possível pelo apoio da diretoria do HSPM, representada na figura da Superintendente, e da Dra Regina Adler, coordenadora da Cardiologia. Também participaram da operação os cirurgiões vasculares Dr. Vicente Ávila Neto e Dr. Felipe Reale Cividanes, cirurgiões cardíacos e o médico hemodinamicista Dr. Anderson de Melo Mota Ataíde e na anestesista Dr. Rodrigo Antônio Lopes Gerardi.

Em agosto deste ano, outra operação de alta tecnologia foi realizada com sucesso no HSPM. A primeira cirurgia de cirurgia para correção da comunicação interventricular por infarto (via percutânea) da rede municipal da saúde de São Paulo aconteceu no hospital, com a participação de profissionais da Cardiologia e Hemodinâmica.