Câncer de mama é o segundo mais frequente entre mulheres

Cuidados como a realização periódica de mamografia são fundamentais para o diagnóstico precoce da doença

Por: Thayná Franzo e Rosângela Dias

A campanha Outubro Rosa é destinada à prevenção do câncer de mama, segundo tipo mais frequente entre as brasileiras, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que mais de 66 mil novos casos da doença devem ser registrados neste ano.

O câncer de mama é o resultado da multiplicação de células anormais na região e afeta, principalmente, mulheres acima de 50 anos. A presença de nódulo na mama, geralmente fixo e indolor, é um dos principais sintomas do câncer de mama, além de alterações de pele, tais como retração e hiperemia (pele avermelhada), alterações no mamilo, nódulos nas axilas ou no pescoço e saída espontânea de líquido anormal.

‘’É possível ter câncer de mama sem sentir nada no autoexame ou nenhum dos sintomas acima. Por isso, segundo o Ministério da Saúde, é recomendável à mamografia a cada dois anos para detecção precoce da doença’’ destacou a coordenadora da clínica de Oncologia do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Dra Marielle M. O. Tambellini.

A mamografia deve ser feita a cada dois anos por mulheres entre 50 a 69 anos de idade. Porém, independente da faixa etária, é importante se atentar aos sinais do corpo com a realização do autoexame todos os meses após o período menstrual.

Muitas pessoas associam o uso de prótese de silicone ao risco de câncer de mama, mas a especialista afirma que não há qualquer relação. Já o uso de anticoncepcionais por tempo prolongado e terapias de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por mais de cinco anos, podem aumentar o as chances de desenvolver a doença.

Também é preciso ficar atenta caso possua histórico familiar de câncer de ovário e de mama, especialmente antes dos 50 anos de idade. ‘’A mulher que possui alterações genéticas herdadas na família tem risco elevado de câncer de mama’’, reforça a coordenadora.

Tratamento e prevenção

O tratamento é estabelecido de acordo com a fase em que o tumor foi detectado, porém, é importante enfatizar que quando diagnosticado no início, o câncer de mama tem maior potencial de cura. “Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente, e outros, não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início”, reforçou a oncologista do HSPM.

Além da realização dos exames de rotina, alguns hábitos ajudam a diminuir as chances de aparecimento da doença, como uma prática de atividades físicas, alimentação saudável, evitar o uso de bebidas alcoólicas e tabaco, amamentar, manter o peso adequado e evitar uso de hormônios como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.