Fibrose cística pode ser identificada pelo teste do pezinho

Muco espesso, tosse persistente, febre e dores abdominais podem ser sintomas da doença

Arte mostrando uma pessoa e seu pulmão.
Doença pode expor organismo a problemas respiratórios. Foto: Google Imagens 

 

Por: Thayná Franzo

A fibrose cística é uma doença genética que atinge cerca de 70 mil pessoas no mundo, segundo informações da Associação Brasileira de Assistência a Mucoviscidose (ABRAM). O Dia Mundial da Fibrose Cística acontece em 8 de setembro e reforça a importância da prevenção e tratamento precoce da enfermidade, que apresenta sintomas como tosse persistente, muco espesso, febre e dores abdominais.

Mais frequente entre crianças, a doença ocorre quando o bebê herda o gene do pai ou e da mãe, fazendo o corpo produzir um muco cerca de 30 a 60 vezes mais espesso que o normal. Assim o organismo fica mais exposto à proliferação de bactérias nas vias respiratórias que podem causar bronquite e pneumonia de repetição.

‘’O muco pode bloquear o trato gastrointestinal e o pâncreas, impedindo o funcionamento correto para digestão dos nutrientes e alimentos’’, explicou coordenadora da clínica de Pediatria do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM), Dr. Denise Silvia M. A. Adamo.

O diagnóstico pode ser feito nos primeiros dias de vida do recém-nascido, por meio do teste do pezinho (exame feito a partir do sangue coletado no calcanhar do bebê) e com pesquisa de sódio e cloro no suor. A descoberta precoce é fundamental para o início do tratamento.

Além da reposição das enzimas nas refeições, com auxílio de suporte nutricional, o acompanhamento médico inclui medicação broncodilatadoras, fisioterapia respiratória e acompanhamento multidisciplinar. “Seguindo o tratamento, as crianças podem ter uma vida praticamente normal”, afirmou a coordenadora da Pediatria do HSPM.