Dia do Combate ao Fumo reforça impacto do tabaco à saúde

Dependência contribui para surgimento de doenças como tuberculose e câncer e é fator de risco para o coronavírus

Por: Thayná Franzo

A conscientização sobre os malefícios do consumo de tabaco marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado em 29 de agosto. Uma das principais associações a doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também colabora para o desenvolvimento de males como tuberculose, câncer, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade, catarata, entre outras.

‘’O tabagismo é uma toxicomania caracterizada pela dependência física e psicológica do consumo de nicotina, substância presente no tabaco’’, explicou a coordenadora da clínica de Pneumologia do Hospital do Servido Público Municipal (HSPM), Dra. Vera Lucia Volpe.

Com a pandemia, os fumantes se tornaram alvo fácil para o novo vírus por já possuírem o pulmão comprometido devido ao uso de cigarro. Contudo, não é apenas quem faz o uso do tabaco que está sujeito a desenvolver doenças. A Dra. Vera Lúcia lembra que quem convive com um fumante se submete ao chamado ‘’tabagismo passivo’’, caracterizado pela inalação da fumaça de derivados do tabaco por indivíduos não fumantes que dividem o mesmo ambiente com um tabagista.

Popular entre os jovens, o uso do narguile e do cigarro eletrônico, também não é recomendado, uma vez que qualquer produto que possua derivados do tabaco pode gerar dependência. “Adolescentes fumantes possuem alta probabilidade de se tornarem adultos fumantes”, alertou a coordenadora.

Lei estadual
É importante reforçar que é proibido fumar nas dependências do HSPM, que possui o selo ambiente livre de tabaco, seguindo a determinação da lei federal nº 9294, de 1996, as leis estaduais nº 10.083, de 1998 e 13.541, de 2009 e a Ordem Interna do HSPM nº 003/2015 (artigo 49).

Antes da pandemia, o hospital contava com grupo de apoio para funcionários com intenção de parar de fumar. Wilson Roberto Alegre, marceneiro do hospital, fez parte do grupo após fumar por 45 anos. Depois de um infarto, ele decidiu parar com o vício e completou três anos sem o cigarro.

‘’O problema é a sequela, você fica mais cansado, qualquer coisa a respiração já falha. Para subir uma escada é difícil, tudo por causa do cigarro’’ relatou o servidor. O tratamento para abandonar o hábito é gradual e recaídas podem acontecer. ‘’Quando vier a vontade, beba água, tome um café, mas não fume’’, aconselhou Wilson Roberto Alegre.