Recomendação é que o leite materno seja o único alimento consumido pelo bebê nos primeiros seis meses de vida. Foto: arquivo HSPM

Por: Rosângela Dias
Arte: Daniela Avancini

Os benefícios do leite materno são inúmeros. Além de reduzir a mortalidade neonatal e proteger o bebê contra infecções gastrointestinais, o ato de amamentar também fortalece o vínculo afetivo entre mães e filhos. A campanha Agosto Dourado tem como objetivo dar maior visibilidade à importância do aleitamento para o desenvolvimento saudável do recém-nascido.

Autoridades de saúde recomendam a amamentação até os dois anos de idade ou mais, com o bebê alimentado exclusivamente com leite materno durante os primeiros seis meses de vida. O início do aleitamento em partos cesáreos pode demorar um pouco mais em comparação ao parto normal. Também é normal sentir dor na mama nos primeiros dias.

“É comum a mulher sentir dor nos mamilos no começo das mamadas. Essa dor pode ser considerada normal e não deve persistir além da primeira semana. Porém, ter os mamilos muito doloridos e machucados, apesar de muito comum, não é normal e requer intervenção”, orientou a enfermeira Lais Fernanda Cremonesi Cassiolato, coordenadora da Seção Técnica Materno-Infantil do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM).

Alguns fatores externos, como o estresse e ansiedade pré e pós-parto, podem influenciar na amamentação. “Dor, desconforto, medo e falta de autoconfiança podem inibir a liberação da ocitocina, hormônio importante para produção do leite, o que prejudica a saída do leite da mama”, detalhou a enfermeira do HSPM. Ela ressaltou ainda que é essencial manter a calma, uma vez que a “descida do leite” costuma ocorrer até o terceiro ou quarto dia após o parto.

Livre demanda

Em geral, a frequência da alimentação do bebê que consome apenas leite materno é de oito a 12 mamadas ao dia, porém, a recomendação é que a amamentação ocorra em livre demanda, ou seja, sem restrições de horário ou tempo de permanência na mama.

“É importante que a mãe dê tempo suficiente à criança para ela esvaziar adequadamente a mama. Dessa maneira, a criança recebe o leite do final da mamada, que é mais calórico, promovendo a sua saciedade e, consequentemente, maior espaçamento entre as mamadas”, explicou a coordenadora da Materno-Infantil.