Câncer de tireoide é mais comum entre mulheres

ESPECIAL JUNHO VERDE

Arte em tons de verde, com um laço branco do lado esquerdo e no centro está escrito HSPM Julho Verde 2021

Por: Rosângela Dias

A tireoide é uma glândula localizada na região anterior do pescoço, abaixo da área conhecida como Pomo de Adão, e é responsável pela produção de hormônios essenciais para o bom funcionamento do organismo. O crescimento descontrolado dessa glândula pode provocar a formação de nódulo e, apesar de boa parte dos casos serem benignos, há chances de surgimento de tumor.

De cada dez casos de câncer de tireoide diagnosticados, nove são em mulheres, podendo surgir já a partir dos 40 anos de idade. Diferente de outros tipos de cânceres, que têm influência direta de hábitos de vida, como tabagismo e consumo de álcool, ainda não há consenso sobre quais as causas do surgimento de câncer na tireoide. Estudos avaliam a possibilidade de influência genética ou de exposição a altas doses de radiação.

A orientação do Dr. Bruno Monazzi, médico assistente do serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital do Servidor Público (HSPM), é procurar ajuda médica em caso de surgimento de nódulo palpável e endurecido na região anterior ou lateral do pescoço, dificuldade de engolir, alteração da voz com rouquidão ou falta de ar.

“Dependendo das características vistas nos exames de imagem, tanto ultrassonografia ou tomografia, deve-se fazer uma punção biópsia da tireoide chamada de PAAF. Ela vai dizer se é uma doença benigna, uma provável doença maligna ou se realmente é um câncer de tireoide”, explicou o especialista.

Recuperação

Nesses casos, a cirurgia é a principal escolha para a retirada total ou parcial da tireoide e também quando há presença de metástase nos gânglios linfáticos do pescoço. Quando há risco de retorno da doença, o paciente recebe doses de iodo radioativo, medicamento que emite radiação, para uso após a cirurgia.

“De uma forma geral, o câncer de tireoide, quando tratado da forma correta, apresenta excelentes taxas de cura, com média variando entre 95% e até 97% de cura em 20 anos”, disse o profissional do HSPM, reforçando que a melhor forma de prevenção é a realizar consulta e exames periódicos.