Junho Vermelho: estímulo à doação de sangue

Ação ajuda a salvar vidas e é segura tanto para quem doa quanto para quem recebe

Foto de um homem moreno, sentado em uma poltrona branca doando sangue, com o braço esquerdo esticado com uma agulha ligada à bolsa de coleta de sangue.
José Aroldo Sena possui o tipo sanguíneo tipo O negativo, conhecido como "doador universal"

 

Por: Thayná Franzo e Rosângela Dias

Com a chegada do inverno, os bancos de sangue costumam registrar uma queda no número de doadores. Para conscientizar a população sobre a importância do gesto, foi criado o Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho, bem como a campanha Junho Vermelho. 

Em 2020, a pandemia da Covid-19 também teve reflexo nas doações registradas no banco de sangue do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM). Em 2019, foram 4.993 doações, enquanto no ano passado foram contabilizadas 1.769 coletas, uma queda de mais de 60%.

O coordenador do banco de sangue do hospital, Dr. Fernando B. de Oliveira, explica que a doação é a única maneira de tratamento para vários pacientes que dependem deste gesto de solidariedade. Porém, é preciso ficar atento aos critérios. ‘’A pessoa não pode doar se ela possuir um risco maior para doenças transmissíveis pelo sangue, por exemplo’’.

Todas as medidas de segurança que já eram adotadas para o procedimento foram redobradas no hospital, como o distanciamento entre as cadeiras de espera e o uso obrigatório de máscara. ‘’Quando você doa sangue, todo o material utilizado para a coleta é estéril e descartável, não existe nenhum risco de contrair doenças na doação’’ esclarece.

O pedreiro José Aroldo Sena é doador frequente. “A minha esposa faz tratamento no hospital a cada três meses e eu aproveito para doar”. Ele possui tipo sanguíneo O negativo, chamado “doador universal” e após sofrer um acidente e precisar de transfusão, valorizou ainda mais o gesto.

No caso do segurança Renato Almeida, a vontade de doar surgiu após um amigo sofrer um acidente de carro e demandar uma transfusão. Ele doa há 10 anos e destaca o motivo de manter o hábito. ‘’A melhor parte é saber que o sangue vai ser usado para outras pessoas’’.

homem moreno de camiseta vermelha e calça cinza sentado em uma poltrona branca doando sangue.

Doação faz parte da vida de Renato Almeida há 10 anos


Segurança

Antes da doação, é realizado um processo de triagem para verificar se a pessoas está em boas condições de saúde. No HSPM, a coleta é feita pela Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), que envia o material para processamento em laboratório. Uma amostra de sangue é retirada para exames laboratoriais obrigatórios e apenas após o resultado da análise é que a doação é encaminhada para uso.

O organismo repõe o volume doado nas primeiras 24 horas de doação e cada bolsa de sangue pode beneficiar até quatro pessoas. Para doar é preciso levar um documento original com foto, ter entre 16 e 69 anos de idade, sendo que a primeira doação deve ter sido feita até os 60 anos, pesar acima de 50 Kg, estar saudável e alimentado.


Serviço:
Banco de Sangue HSPM (coleta realizada pela Colsan)
Localizado no 4° andar
Funcionamento: segunda a sábado (exceto feriados), das 8h às 13h
Telefone: 3277-5303
Clique aqui e saiba mais