Saiba mais sobre o Teste do Pezinho

Exame é realizado nos primeiros dias após o nascimento e detecta 50 tipos de doenças

Logo do HSPM responde, com uma mão segurando um megafone saindo de dentro de um celular

 

Por: Thayná Franzo

Um dos primeiros exames realizados em recém-nascidos, o Teste do Pezinho é capaz de detectar doenças como anemia falciforme e hipotireoidismo congênito, o que possibilita o diagnóstico precoce e encaminhamento ao tratamento adequado, evitando danos e sequelas ao desenvolvimento das crianças. O Dia Nacional do Teste do Pezinho acontece em 6 de junho e a data serve para conscientizar os pais sobre a importância do exame.

Em dezembro de 2020, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) ampliou a triagem neonatal, passando de seis para 50 doenças diagnosticadas. O exame ampliado é oferecido a todas as crianças que nascem no Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM).

A coordenadora da Clínica de Pediatria, Dra. Denise Silvia Adamo, fala sobre essa etapa tão importante na vida dos bebês nesta edição do HSPM Responde:


O que é o teste do pezinho?
A triagem neonatal, conhecida como teste do pezinho, é um exame realizado para identificar várias doenças na infância e promover o tratamento precocemente, melhorando a qualidade de vida da criança e de seus familiares.

Qual a importância do teste para os bebês?
Recém-nascidos que não realizam a triagem neonatal ficam sujeitos a não detecção dessas patologias, o que pode acarretar um dano no desenvolvimento neuropsicomotor desse novo indivíduo, levando a um comprometimento do organismo, sofrimento importante para família e perda da potencialidade da criança para a sociedade.

Qual o tempo certo para realizar o teste no bebê?

Normalmente, é a partir do terceiro ao quinto dia de vida que se realiza a triagem neonatal.

Como o exame é feito?
No momento da alta da maternidade, é coletado sangue do recém-nascido e inserido em um papel de filtro, que fica armazenado e é encaminhado para o laboratório, onde será processado.

O que acontece se o bebê não realizar o teste?
O recém- nascido perde a chance de ser tratado em tempo hábil e pode sofrer sequelas gerais e neurológicas.

Quais as principais doenças identificadas no teste?

Antes, o teste abrangia seis doenças: anemia falciforme, fenilcetonúria, deficiência de biotinidase, fibrose cística, hipotiroidismo congênito (deficiência na produção do hormônio da tireoide que pode levar à deficiência intelectual mental irreversível, caso não seja identificado) e a hiperplasia adrenal congênita. Hoje, com o teste do pezinho ampliado, é possível detectar 50 tipos de doenças.

O teste do pezinho ampliado está disponível no HSPM?

No ano passado, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) assinou um termo de ampliação do teste do pezinho para recém-nascidos no município, passando de seis para 50 doenças detectáveis. O HSPM já faz o teste ampliado para todas as crianças que aqui nascem desde dezembro de 2020.

Quais as doenças que o exame ampliado pode diagnosticar?
O teste é um ganho, pois várias doenças podem ser primariamente descobertas, reduzindo as chances de sequelas para a criança. São doenças dentro do perfil de aminoacidopatias, galactosemias, deficiência de glicose 6 fosfato desidrogenas, toxoplasmose congênita e imunodeficiências combinadas e agamaglobulinemias. No momento da alta do recém-nascido, os pais são informados que houve a coleta do exame, não sendo possível a escolha do tipo de teste, pois já será realizado o teste ampliado, além do teste para HIV e da sífilis congênita.

O bebê precisa estar de jejum para fazer o teste?
A triagem neonatal deve ser feita com o recém-nascido já alimentado. No entanto, é possível coletar em recém-nascidos prematuros que estejam hospitalizados, obedecendo às orientações específicas de intervalo em terapia de nutrição parenteral total. O teste é repetido posteriormente.

Porque é feito no calcanhar?
A escolha do local acontece porque o calcanhar é uma região bem vascularizada, propiciando a obtenção da amostra de sangue adequada. Além disso, a técnica utiliza a lanceta e não há uso de agulhas, o que evita possíveis complicações ósseas ou vasculares.