Prefeitura de São Paulo abre chamamento público para estudos sobre implantação de VLT no Centro da cidade

Edital ficará disponível por 30 dias; ação faz parte de um amplo plano de melhorias e integração na região central

A Prefeitura de São Paulo publicou nesta quarta-feira (7) chamamento público para manifestação de interesse privado de interessados na elaboração de projetos e estudos para a concepção de serviço de transporte público urbano em Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na região central da cidade. O edital de chamamento ficará disponível por 30 dias. O chamamento acontece por meio de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), voltado para pessoas físicas ou jurídicas, e tem o objetivo de buscar interessados na elaboração do projeto.

O PMI prevê levantamentos e estudos de viabilidade técnica, operacional, econômico-financeira e jurídico-institucional que auxiliem a Prefeitura na avaliação da viabilidade para a concepção, implantação, operação e manutenção do novo modal, a ser implantado no centro de São Paulo. O projeto de implantação do VLT busca qualificar os deslocamentos a partir da mobilidade sustentável e de uma nova alternativa de transporte integrada às demais ações para requalificação do centro.

Confira o edital na íntegra clicando aqui.

 

Entenda o projeto

A Secretaria de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) iniciou em 2023 a coordenação do projeto Bonde São Paulo, que consiste em implantar, na região central, um amplo Programa de Requalificação Urbanística quem tem como ponto central a circulação de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) que interliguem vias como Rua José Paulino, Avenida Senador Queirós, Avenida Cásper Líbero, Avenida Prestes Maia, entre outras e ainda espaços públicos a serem requalificados. A iniciativa dialoga com o Programa de Metas do Município de São Paulo e conta com estudos técnicos preliminares e projetos funcionais feitos pela pasta. Um Grupo de Trabalho Intersecretarial foi constituído para acompanhar o desenvolvimento das etapas do projeto.

Os estudos iniciais apontam para uma rede com aproximadamente 12 km de extensão distribuída em duas linhas que conectariam cinco terminais de ônibus, nove estações de metrô e duas estações da CPTM. As duas linhas se conectam na Av. São João e, ao todo, teriam 27 estações de embarque e desembarque. Em relação às linhas de ônibus, destaca-se a conexão entre os Terminais Dom Pedro II, Bandeira e Princesa Isabel, contribuindo para a mobilidade da população que chega ao centro a partir das Zonas Leste, Sul, Norte e Oeste.

Um dos principais destaques do projeto é a articulação de bairros da região central, como Bom Retiro e Brás. Conectados pelas novas linhas de VLT, eles serão integrados mais facilmente a espaços relevantes do ponto de vista econômico e cultural, como o Mercado Municipal, Triângulo Histórico, Rua 25 de Março, Theatro Municipal, Sala São Paulo e Biblioteca Municipal Mário de Andrade.

Parques e espaços livres de relevância também passarão a ser acessados pelo VLT, como o Vale do Anhangabaú, Parque da Luz, Largo do Paissandu, Largo do Arouche, Praça da Sé, Praça Dr. João Mendes, Praça da República, Parque Dom Pedro II e Parque Minhocão.

Além de reativar a saudosa memória histórica dos antigos bondes do centro, o VLT será um indutor para a requalificação urbana da região central. Com ele, o sistema de mobilidade do centro terá uma nova alternativa de transporte público, melhor articulado com os deslocamentos a pé, oferecendo maior confiabilidade, segurança, agilidade e conforto nos deslocamentos. Do ponto de vista ambiental, a implantação de um modal como o VLT poderá ampliar as áreas verdes, mitigar a poluição atmosférica e sonora, reduzir congestionamentos e contribuir para a revitalização de áreas degradadas.