O inverno, que começa na próxima segunda-feira (20) de junho às 19h34 da noite, é considerado o período mais seco do ano da região Sudeste, já que são registrados baixos volumes de chuva, que ocorrem de forma irregular.
O principal sistema responsável por regular o regime de precipitação nesta época do ano é a frente fria, que logo após sua passagem permite a entrada das massas de ar frio que provocam queda nas temperaturas, por vezes acentuada.
“Essas condições favorecem a formação de geadas, especialmente nas regiões serranas”, explica o meteorologista do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura de São Paulo, Michael Pantera.
Outro aspecto meteorológico que se observa durante o inverno são os nevoeiros, que podem reduzir a visibilidade a menos de 1000 metros nas primeiras horas do dia, se dissipando ao longo da manhã.
O ar seco e os ventos calmos favorecem a concentração de poluentes nas camadas mais baixas da atmosfera, o que favorece um aumento nos problemas respiratórios em pessoas mais sensíveis.
Geralmente a umidade relativa do ar atinge valores altos no período da manhã, mas caem de tarde, registrando valores inferiores a 40% em algumas localidades.
O fenômeno El Niño, que se caracteriza pelo aquecimento anômalo das águas do Pacífico Equatorial, enfraqueceu bastante nos últimos meses, deixando para a próxima estação uma situação de normalidade climática. “Dessa forma, esperam-se precipitações em torno da média, geralmente associadas com a passagem dos sistemas frontais pelo oceano”, Comenta Pantera.
Com isso, os maiores volumes devem se concentrar na faixa litorânea, enquanto o interior do Estado pode apresentar períodos mais prolongados de tempo seco. As temperaturas também devem ficar próximas da normalidade, alternando ondas de frio associadas com a chegada de massas de ar polar, com períodos de sol e temperaturas em elevação.
“Podemos dizer ainda que este inverno deve ser mais frio que o anterior, já que este último ocorreu sob a influência do El Niño e apresentou temperaturas acima do normal”, finaliza o meteorologista.
Texto: Bruna Meante - Assessoria de Imprensa CGE