Curso Diálogos Decoloniais: colonialismo, racismo estrutural, identidade e possíveis soluções - virtual

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fonte: Thiago Iaqeb Ahmose

Curso Diálogos Decoloniais: colonialismo, racismo estrutural, identidade e possíveis soluções - virtual
 

Dias: 24 de Maio a 14 de Junho ; quarta-feira
Horário: 19h15 às 21h

Inscrições encerradas. Vagas esgotadas.

 

Descrição

A proposta dos encontros é de promover um diálogo orientado, no qual o posicionamento pessoal é de legítima importância. Para o antirracismo e o desenvolvimento de sua educação, é necessário também o sentido de identidade, já que se enxergar nessa proposta significa entender seus limites e os limites da outra pessoa, para que então o compartilhamento seja mais efetivo.

A ideia de diálogos com fundamento na Educação Antirracista é tomá-la como pauta transversal, e, portanto, iniciar uma perspectiva em cada um dos presentes, que possibilite ver cada um dos elementos da sociedade, da politica e da cultura e dissecá-los no que reside de mecanismos racistas dentro deles. Para tal, uma posição base deste objetivo é entender que o conceito social de raça, infelizmente, existe e deve ser enfrentado para que então possamos buscar soluções às suas problemáticas que envolvem estrutura, hierarquia, política e violência.

 

Conteúdo Programático

Dia 1 - Colonialismo e Eugenia Data: 24/05 Horário: 19h15 às 21hs Nesta primeira etapa faremos uma investigação e exposição de ocorrências dentro da historiografia que define estruturas do mundo como o enxergamos hoje. Entender a Estrutura Colonial como um investimento de Estados Europeus na sua própria acumulação de riquezas, hierarquização dos povos e nações e que para tal tanto a Ciência quanto a Religião foram instituições ativas no Imperialismo. Entender como o caráter de “ser humano ideal” existe em nossa sociedade e como, inclusive, a empatia é seletiva quanto às vidas humanas conforme sua categoria dentro deste sistema eugenista. O arcabouço histórico efetua um trabalho de organizar uma expressiva quantidade de fenômenos, processos e etapas nas trajetórias de certas civilizações que nos permitem enxergar de forma crítica as estruturas e realidades vividas no agora.

Dia 2 - Racismo Estrutural e Estudos Culturais Data: 31/05 Horário: 19h15 às 21hs Dentre todas as possibilidades de postura diante de uma sociedade racista, de pessoas e instituições também racistas, perceber e entender tal estrutura mostra-se uma concepção base para como prosseguir dentro dela. Neste sentido, vamos dialogar principalmente com a obra do advogado, filósofo e professor Silvio Almeida, acerca de como o racismo estrutura-se em nossa sociedade contemporânea e permeia nossa vivência econômica, social e política. Permear pelo entendimento deste legado perverso, é também posicionar-se para a resolução de seus conflitos, construindo novas instituições e estruturas que possam reeducar e oferecer autonomia às diversas identidades possíveis e já existentes em nosso território.

Dia 3 - Estudos Culturais e possíveis soluções Data: 07/06 Horário: 19h15 às 21hs Nesta tapa, faremos um diálogo acerca de estereótipos construídos dentro do âmago social pelo qual o Racismo se estruturou. O como a cultura de massa representa cada grupo dentro de uma sociedade efetua um processo educacional que orienta a ação e reação das pessoas em torno desses grupos, nos possibilitando questionar: até que ponto estas imagens nos educam à naturalizar um lugar social a estas pessoas, conforme a qualidade ou perversidade pela qual sua representação é posta nessas imagens culturais? Como a televisão, a mídia, a cultura de massa e senso comum ilustram a hierarquização de raças? Como livros e desenhos retratam a diversidade racial em suas obras? Comentaremos também algumas obras culturais que por meio da agência e autonomia demonstram e nos permitem conhecer as diversas narrativas de certas comunidades que historicamente foram essencialmente transformadas em objetos sem distinção. Traremos o exemplo de algumas obras culturais que nos provocam a conhecer essas comunidades em sua contemporaneidade para além da educação racista que tivemos acerca delas.

Dia 4 - Identidades e Letramento Racial Data: 14/06 Horário: 19h15 às 21hs Pouco se dialoga sobre raça no Brasil e, ainda que sob o conceito de “representatividade” tenha-se oferecido espaços para falar de diversidade, ainda é delicado a percepção que podemos ter de como raça, como uma composição de características físicas, orienta o espaço na vida coletiva. Em muito, temos buscado maneiras de observar e valorizar tais diferenças por meio do que podemos entender como “Letramento Racial”, uma abordagem feita por France Winddance, que para além de uma resposta individual à diversidade fenóptica, nos permite abranger uma associação da identidade das pessoas, suas características e os grupos aos quais se encontram, como maneiras de solucionar e combater as desigualdades que o racismo estrutural provoca na vida de certos grupos vulnerabilizados pela branquitude. O letramento racial perpassa por muitas camadas e práticas. Neste encontro vamos dialogar acerca das identidades raciais na diversidade de composições que os seres humanos fazem parte - perceber e valorizar.


Referência Bibliográfica

ALMEIDA. Silvio. Racismo estrutural (feminismos plurais). Editora Jandara. São Pualo, 2019. ANI, Marimba. Yurugu, uma crítica africano centrada do pensamento e comportamento cultural europeu. 1994. ASANTE, Molefi Kete. Afrocentricidade como Crítica do paradigma hegemônico ocidental introdução a uma ideia. 2016. BENEDICTO, Ricardo Matheus. Afrocentricidade, Educação e Poder uma crítica afrocêntrica ao eurocentrismo no Pensamento Educacional Brasileiro.  CAMARA, Giselle Marques. Maat, o princípio ordenador do cosmo egipcio uma reflexão sobre os princípios encerrados pela deusa no Reino Antigo. DIOP, Cheikh Anta. Origem Africana da Civilização mito ou realidade. 1974. JAMES, George G. M; Legado roubado. 1954. NASCIMENTO, Elisa Larkin. Afrocentricidade uma abordagem epistemológica inovadora. 2009. OBENGA, Théophile. Egito História Antiga da Filosofia Africana. 2004. OLIVA, Anderson Ribeiro. Desafricanizar o Egito, embranquecer Cleópatra: silêncios epistêmicos nas leituras eurocêntricas sobre o Egito em manuais escolares de História no PNLD 2018 SANTANA, Tigana. A cosmologia africana dos bantu kongo por Bunseki Fu Kiau tradução negra, reflexões e diálogos a partir do Brasil. 2019. UNESCO. História Geral da África Volume I Metodologia e pré-história da África. 2010 WINDDANCE, France. A White Side of Black Britain: Interracial Intimacy and Racial Literacy (English Edition). 2011 WILLIAMS, Chancellor. A Destruição da Civilização Preta, grandes questões de uma raça, de 4500 a.C. até 2000 d.C; 1974.

Facilitação

Thiago Iaqeb  Ahmose 

Pesquisador e educador do Sistema de Escrita (Medu Neter) do Antigo Kemet (nordeste Africano) pela Kasa de Maat. Escritor, autor de Histórias em Quadrinhos, e graduando de Licenciatura em Geografia (IFSP - SP). Os estudos de raça não são uma área de expertise, mas uma vivência que trouxe leituras, diálogos e possibilidades pedagógicas, já que para uma pessoa negra no Brasil, falar de raça não é absolutamente um prazer, mas uma questão de sobrevivência. Atualmente é educador de Medu Neter (Hieróglifos) exclusivamente para pessoas pretas pelo curso Medu.Ni na @kasademaat e também integrante da equipe curatorial da 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo com a proposta Travessias. ig @nebu.ahmose


 

Coordenação

Pedro Cardoso Smith

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Sobre

Público: Pessoas interessadas em geral

Vagas: 35

Dias: 24 e 31 de Maio e 07 e 14 de Junho (4as feiras), das 19h15 às 21h

Horário : 19h15 às 21h

Local: TEAMS

O link será enviado aos inscritos por email

Inscrições encerradas. Vagas esgotadas.

 

 

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