O curso facilitado por Estela Gomes e Samuel Souza de Paula deu início às atividades na sexta-feira, dia 12 de abril de 2024, na Universidade Aberta do Meio Ambiente e de Cultura de Paz (UMAPAZ), de forma atenciosa e calorosa. A turma, já iniciada em cursos passados de Dança Circular com a Estela, criou um ambiente próximo e familiar, recheado de sorrisos e abraços. Quase todas e todos estavam com os seus colares de pano do ano passado, confeccionados com os seus nomes, ao invés de crachás convencionais.

A primeira parte da aula começou com a formação de um círculo ao redor do centro. “Como um só coração nessa espiral, em busca do autoconhecimento, uma grande respiração” foi um dos comandos de Estela para o início de uma roda e espiral meditativa. De mãos dadas, a turma era toda ouvidos à Estela, que conduzia a explicação da dança de forma a criar um fluxo intuitivo, com contagens de 4 ou 8 tempos dentro da música e passos como o grapevine (videira ou trança).

Antes de encerrar essa primeira metade, houve um exercício de relaxamento. A roda se desfez, cada uma ocupou um espaço - o seu espaço - e com a proposta de “sentir-se confortável”, “estar presente” e de acolhimento para o “amor-próprio”, pelas palavras da professora, a atividade foi de alongamento, abertura e aterramento.

Dança circular com música celta e trança.

Samuel pôs então início à segunda parte da aula agradecendo às Danças Circulares Sagradas dos povos celtas e lembrando que neste curso está se honrando esse legado. Perguntou também por que aquele dia de sexta-feira era especial, a fim de transmitir a mentalidade celta de considerar todos os momentos como valorosos e significativos. Entre respostas como “porque estamos todas aqui”, “porque conseguimos chegar independentemente dos percalços do caminho” ou “porque conseguimos vagas no curso”, Samuel pediu que todas e todos sempre tenham em mente que esse é objetivo do curso, usar o tempo que têm para que os encontros sejam sempre valorosos e significativos.

Retrato da segunda metade do encontro, exposição dialogada sobre a cultura celta por Samuel.

Ele trouxe a tradição celta de cultura comunitária, da força feminina (com imagens representando a paz e a guerra) e da abordagem circular pela questão do sol e dos astros, entre outras frentes que se desenvolveram graças à inspiração celta (lendas, ciências, costumes).

Enfim, depois de uma pausa para o lanche coletivo, o primeiro encontro terminou com mais Danças Circulares, todos e todas juntas numa espiral e depois em grupos menores, selando as belas palavras contemplativas que foram traduzidas de uma música celta por Samuel e Estela no começo da aula: “Paz profunda das ondas que fluem até você... Permita que a paz te entregue ao todo”. Um momento final de desenhos e compartilhamento de símbolos marcou o primeiro encontro do curso.

Estela, Samuel e Tainá (da esq. p/ direita), com os seus crachás personalizados.