SP Urbanismo avança na concessão do terraço Martinelli e aprova documentação de interessado

Após prazo recursal, certame será homologado; objetivo da Prefeitura é transformar a cobertura do primeiro arranha-céu de São Paulo em um polo turístico e cultural

A Prefeitura de São Paulo, por meio da SP Urbanismo, deu mais um passo para a concessão de uso do terraço do Edifício Martinelli, no centro de São Paulo. Em sessão pública nesta quinta (16), a empresa municipal aprovou os documentos de habilitação da empresa interessada na concessão. Após o prazo recursal de cinco dias úteis, caso não haja questionamentos, a homologação da licitação será publicada no Diário Oficial.

A proposta comercial e os documentos de habilitação foram apresentados pela empresa TOKYO SP 110 LTDA no dia 8 de fevereiro. Toda a documentação foi analisada pela SP Urbanismo à luz do edital de concessão.

Com ágio de 18%, a proposta comercial ofertou o valor de R$ 135.000,00 a título de outorga fixa mensal, estando, portanto, dentro dos parâmetros previstos no edital, que previa outorga mínima de R$ 115.000,00.

O prazo de vigência da concessão é de 15 anos. Os espaços objeto da concessão estão situados na loja 11 e nos andares 25º, 26º, 27º e 28º do edifício, totalizando uma área de 2.570m2. De acordo com o edital, deverão ser implantados e explorados no local equipamentos urbanístico-cultural e gastronômico e serviços de visitação pública.

A concessão do terraço do Edifício Martinelli é mais um projeto da Prefeitura para a requalificação do centro da cidade.

 

Objetivos da concessão

Além do esforço de recuperação da região central, a concessão tem como objetivos:

  • Retomar o protagonismo do Edifício Martinelli no cenário turístico e urbanístico da capital;
  • Proporcionar ao público uma experiência de visitação completa, composta por um programa de atividades estruturado nos eixos de visitação pública, memória/urbanismo e gastronomia;
  • Garantir a adequada destinação econômica de relevante ativo imobiliário da SP Urbanismo, maximizando o seu retorno financeiro;
  • Garantir a melhoria, o desenvolvimento socioambiental e a reativação do Centro de São Paulo, em especial do Triângulo Histórico.

 

 

Histórico

A construção do Edifício Martinelli, projetado inicialmente para ter 12 andares, começou em 1924. O autor do projeto foi o arquiteto húngaro William Fillinger, da Academia de Belas Artes de Viena. Na década de 1930, o prédio, com mais de 20 andares, já era o primeiro arranha-céu de São Paulo. Em 1975, o Martinelli foi desapropriado pela Prefeitura, restaurado e reinaugurado em 1979. Atualmente, ele é sede de diversos órgãos municipais, como as secretarias de Habitação, Subprefeituras e Urbanismo e Licenciamento, além da SP Urbanismo.

Em 2020, a Prefeitura de São Paulo lançou o primeiro edital de licitação para a concessão do edifício, mas, a pedido do Tribunal de Contas do Município, o processo foi suspenso para ajustes nas regras da concessão.

 

 

Edital

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