Foto: Assessoria de Imprensa/SES

 

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP recebeu ontem (02/05), o primeiro encontro da oficina “Interatividade: projetando arquitetura e design responsivos”. O professor de arquitetura irlandês Ruairi Glynn, da Barlett School of Architecture - Universiy College London, falou para os alunos de seus projetos no Reino Unido e das oficinas que serão realizadas nesta terça e quarta-feira (3 e 4 de maio) no recém inaugurado FabLab Chácara do Jockey, contemplando as áreas de programação e construção de protótipos As atividades ministradas por Glynn são resultado de uma parceria entre o FabLab Livre SP, o Fab Lab/DIGI FAB da FAU- USP e a universidade inglesa.

O encontro contou com a presença de João Cassino, coordenador de Conectividade e Convergência Digital (CCCD), da Secretaria de Serviços, e dos professores Paulo Fonseca e Tatiana Sakurai, da FAU/USP. Fonseca é diretor da FabLab daquela faculdade.

Ruairi falou da Internet das coisas (Internet of things). “Hoje, temos os “weareables” (tecnologias vestíveis conectadas na rede) e, além disso, também outros tipos de processos, que são coisas do mundo físico que interagem com a internet. A tendência é que isso cresça”, disse, ao citar ainda o Projeto Tango, do Google. “Em cinco anos, com qualquer celular ou tablet, será possível e facilmente escancear o ambiente e objetos e projetá-los em ambiente 3D virtual. Isso mudará o jeito pelo qual interagimos com o mundo ao redor e também algumas ciências, como a arquitetura”, disse.

Outro aspecto importante destacado pelo irlandês foi a ação do compartilhamento entre laboratórios de fabricação digital no mundo. “Vocês podem compartilhar todos esses projetos e também usar outros que estão disponíveis. Eles são abertos e livres”. Os laboratórios também podem, com um custo reduzido, fabricar vários equipamentos, como músculos artificiais (componentes que se expandem e contraem ao receber pressão) que, em um futuro próximo, podem auxiliar no transporte de cargas pesadas ou na mobilidade de pessoas. “Há muita coisa que podemos fabricar nas impressoras 3D, como componentes mecânicos, baratos, que podem ser utilizados na construção desses músculos”, concluiu.

As ações da Conectividade e Convergência Digital na democratização do acesso à internet e Cultura Digital foram destacadas por Cassino. “No último sábado (31/05), entregamos a 12ª unidade da rede FabLab. Além disso, também temos 120 praças WiFi Livre SP na cidade, a rede de Telecentros e o Edital Redes e Ruas, que é o maior projeto de fomento à Cultura Digital do Brasil e está em sua segunda edição”, afirmou.

Por sua vez, o professor Paulo Fonseca comemorou a procura pelo workshop. “Foram selecionados 30 alunos entre 100 inscritos – metade para a USP e metade para outras universidades – que irão desenvolver atividades no FabLab Chácara do Jockey, além de participarem de uma sessão aberta quinta-feira (05/05) na FAU, quando poderão mostrar os resultados alcançados durante o workshop”, informou, ao dar parabéns à rede FabLab Livre SP. “Ela já se configura como a maior rede pública de FabLabs no mundo”, disse.

A apresentação dos resultados na quinta-feira será aberta ao público. Confira a página FabLab Livre SP no Facebook e veja uma série de cursos oferecidos mensalmente. Eles possuem durações variadas e não exigem conhecimento prévio.

Serviço
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)
Quinta-feira (05)
9 às 11 – Apresentação dos resultados dos workshops
11 às 12h30 – Conversa sobre open source software & hardware e fabricação digital
Local: Rua do Lago, 876 – Cidade Universitária