Relatório da UFABC compara WiFi Livre com outras políticas públicas de acesso livre à internet no Brasil e no Mundo

Projeto é um dos mais transparentes com neutralidade de rede, fácil acesso às informações técnicas e distribuição de locais de acesso em toda a cidade.

     A Universidade Federal do ABC - parceira na aferição da velocidade entregue nas praças e parques WiFi Livre SP - divulgou novo relatório, desta vez uma análise comparativa com capitais brasileiras e outras grandes cidades do mundo, que possuem serviço semelhante ao WiFi Livre.

     Este é o quarto relatório feito pela Universidade Federal do ABC, em parceria com a Prefeitura de São Paulo, que compõe a pesquisa “Conectividade e Inclusão Digital para São Paulo”, feito para verificar informações relevantes sobre este importante programa de inclusão digital na cidade que leva internet livre e gratuita para 120 locais, feito pela Secretaria de Serviços através da Coordenadoria de Conectividade e Convergência Digital.


Relatório

     Para gerar o relatório foram examinadas 25 capitais brasileiras, Brasília e outras 130 cidades espalhadas no mundo, deste grande número, foram selecionadas 14 capitais do país e outras 36 cidades estrangeiras que ofertam programas de internet livre parecidas com o WiFi Livre.

     Os dados foram coletados diretamente de páginas oficiais dos respectivos governos que desenvolvem este serviço de inclusão digital. As cidades escolhidas possuem perfil parecido com o de São Paulo, concentrando grandes populações e sendo representativas em seus respectivos Estados/países.

     A cidade de Adelaide, na Austrália, foi a primeira cidade a implantar WiFi nas praças, em 2004, e no Brasil foi a cidade de Belo Horizonte, em 2005. A capital paulista seguiu uma tendência nacional na implantação dos pontos de acesso à internet, no mesmo ano em que o sinal começou a ser ativado em São Paulo (2014) outras seis capitais brasileiras também iniciaram projetos de internet livre, são elas: Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), São Luis (MA) e Teresina (PI).

 

     Nacionalmente São Paulo, com suas 120 praças/parques, ocupa a segunda posição no número de pontos de acesso, ficando atrás apenas da capital paranaense que possui 141 locais. Comparando-se com as cidades do exterior, o WiFi Livre possui número de locais considerável, à frente de grandes metrópoles como Milão (Itália), Chicago (EUA) e Bogotá (Colômbia).

 

     O modelo de distribuição dos locais de acesso, no centro e em regiões periferias, é adotado em 25 das 36 cidades estrangeiras e em 11 das capitais brasileiras (incluindo São Paulo) sendo que as praças são a maioria, seguidos de parques, terminais de ônibus e centros culturais/museus.

     Entre as cidades brasileiras, apenas seis disponibilizam informações sobre a infraestrutura da rede: Curitiba, Recife e Porto Alegre utilizam-se de tecnologia 3G/4G e Campo Grande, Porto Velho usam fibra ótica, como São Paulo e as nove cidades estrangeiras que expõe tais dados em suas páginas (Amsterdam, Auckland, Birmingham, Caracas, Cidade do México, Colônia, Lima, Nova Iorque e Johanesburgo).

     Um aspecto importante do relatório é a neutralidade da rede, 10 cidades brasileiras exigem cadastro prévio para o acesso enquanto que em pouco mais da metade das cidades estrangeiras não há esta necessidade. A internet livre paulistana também não possui publicidade em sua página de acesso.

     Com o relatório ficou constatado que a iniciativa de internet livre paulistana é uma das mais transparentes no país e no mundo. Qualquer munícipe pode verificar no site http://wifilivre.sp.gov.br/ informações técnicas sobre o projeto, como locais que oferecem o serviço, número de acessos e velocidade. Desta forma o projeto adequa-se à Lei de Acesso à Informação e ao Marco Civil da Internet, respeitando a privacidade dos usuários.

     Além disso, há o aspecto importante da não necessidade de cadastro e o acesso sem tempo limitado, como as cidades de Berlim, Lima, Cidade do México, Zaragoza, Zangai e Nova Iorque que depois de certo tempo de navegação pedem pagamento de franquia para que o munícipe possa continuar usufruindo do serviço.

     Entre todas as cidades verificadas, as políticas pública de WiFi que mais se aproximam com a de São Paulo, sendo gratuitas e espalhadas por toda a cidade são: Seul, Roma, Barcelona e Buenos Aires e no Brasil a capital paranaense, Curitiba.

Acesse aqui o relatório na íntegra.