MAPEAMENTO PARTICIPATIVO: OLHARES DOS TERRITÓRIOS E DA TECNOLOGIA SOCIAL PARA CIDADES RESILIENTES E DEMOCRÁTICAS - LIVE

PLANEJAMENTO, GESTÃO E POLÍTICAS PÚBLICAS

 O mapeamento participativo faz parte dos Sistemas de Informação Geográfica Participativo (SIGP), que são a combinação do tradicional SIG, ou seja, banco de dados de mapas e representações gráficas georreferenciadas, com o conhecimento da população de um determinado local. Nos últimos anos a aplicação desta ferramenta/metodologia tem se intensificado no mundo, e está se fortalecendo no Brasil, como instrumento de planejamento ambiental e urbano, além de outras aplicações práticas para melhorar a qualidade de vida urbana do cidadão. Assim, o mapeamento participativo está se tornando ferramenta essencial para pesquisas e projetos que envolvam a participação social em uma maior escala de engajamento. opção escolhida, ou seja, fundamental para gestores, servidores, e profissionais que atuam na gestão pública.

A oficina é um conjunto de atividades teórico-práticas que tem como objetivo fomentar o uso de instrumentos de gestão participativa de mapeamento. Espera-se que a oficina contribua para que o participante saiba o que é e como se constrói um mapeamento participativo, suas diversas etapas, desde a apresentação do projeto para a comunidade, passando pela produção de mapas e até o desdobramento final do processo. O intuito é de emancipar o participante para que ele seja capaz de ler, entender e produzir um mapa, e também incluir dados de participação social em suas produções. Pretende-se que, ao final da oficina, os participantes possam dar os primeiros passos para elaborar um projeto de mapeamento participativo, e sejam capazes de visualizar e almejar a integração destes produtos com os instrumentos de planejamento urbano, existentes. Após a oficina, os participantes estarão aptos a iniciar a construção de seu banco de dados, buscando dados secundários, e planejar a coleta de dados de participação social com as ferramentas apresentadas. Assim, terão independência na elaboração e condução de seus próprios projetos.

OBJETIVOS:

Com esta oficina, pretendemos capacitar pesquisadores/profissionais/estudantes/interessados em geral com os conceitos e ferramentas do mapeamento participativo para que possam ter a base para reproduzi-las em seus projetos e pesquisas relacionadas ao planejamento urbano, e assim, alavancar o potencial de coleta e análise de informações e dados de cidadãos que podem moldar realidades urbanas mais justas e sustentáveis através de sua integração com instrumentos de planejamento urbano.

CONTEÚDO:

Esta oficina terá 5 horas, divididas em dois módulos de 2h30, com o conteúdo a seguir:

Módulo 1: Contextualização do método de mapeamento participativo. O histórico e os principais conceitos que embasam o método serão apresentados (tais como planejamento participativo, a cartografia social, a ciência cidadã e outros), assim como sua correlação com os conceitos de planejamento urbano, território, e o desenvolvimento e uso de mapas nesta temática. Nesta primeira parte também serão apresentadas as principais ferramentas utilizadas, com exemplos e estudos de caso para ilustrar. O debate também será fomentado, através de perguntas provocativas feitas pelos ministrantes.

Módulo 2: No segundo módulo da oficina serão desenvolvidas práticas de mapas falantes utilizando a plataforma Jamboard ou MyMaps. Também serão vistas as principais ferramentas tecnológicas que podem ser utilizadas para o mapeamento, como softwares abertos de geoprocessamento e plataformas online de mapeamento participativo, como OpnStreetMap (OSM), Maptionnaire, etc. Softwares como QuantumGIS e Carto serão apresentados para os participantes, para que estes conheçam suas funcionalidades e potencialidades para análises de dados de participação social. Haverá uma breve introdução sobre os dados abertos, utilizando como base plataformas Geosampa e Fundação Seade, que produzem dados sobre o município de São Paulo, e será feita uma eleição dos dados que serão utilizados na prefeitura.

METODOLOGIA: Módulo 1 (2 horas e 30 minutos): Contextualização do método de mapeamento participativo. O histórico e os principais conceitos que embasam o método serão apresentados (tais como planejamento participativo, a cartografia social, a ciência cidadã e outros), assim como sua correlação com os conceitos de planejamento urbano, território, e o desenvolvimento e uso de mapas nesta temática. Nesta primeira parte também serão apresentadas as principais ferramentas utilizadas, com exemplos e estudos de caso para ilustrar. O debate também será fomentado, através de perguntas provocativas feitas pelos ministrantes. Módulo 2 (2 horas e 30 minutos): No segundo módulo da oficina serão desenvolvidas práticas de mapas falantes utilizando a plataforma Jamboard ou MyMaps. Também serão vistas as principais ferramentas tecnológicas que podem ser utilizadas para o mapeamento, como softwares abertos de geoprocessamento e plataformas online de mapeamento participativo, como OpnStreetMap (OSM), Maptionnaire, etc. Softwares como QuantumGIS e Carto serão apresentados para os participantes, para que estes conheçam suas funcionalidades e potencialidades para análises de dados de participação social. Haverá uma breve introdução sobre os dados abertos, utilizando como base plataformas Geosampa e Fundação Seade, que produzem dados sobre o município de São Paulo, e será feita uma eleição dos dados que serão utilizados na prefeitura. Os participantes também contarão com o suporte dos ministrantes da oficina e com material didático disponibilizado em um drive. A presença é obrigatória em 100% do evento e a presença será aferida por intermédio do formulário Google Forms.

PÚBLICO ALVO: A oficina é aberta a todos os agentes públicos que se interessam pela temática. Trata-se de uma oficina de aprofundamento da temática de mapeamento participativo, então noções preliminares de SIG e de navegação online, podem ser um diferencial, porém, não se trata de um fator excludente. A oficina será gravada e a participação no evento indica a anuência tácita da participação na gravação.

CARGA HORÁRIA: 5 horas

AVALIAÇÃO:

Frequência mínima: 100%.

Conceito mínimo: Bom


MINIBIO DOS EDUCADORES:

COORDENADORA/EDUCADORA: Carolina Monteiro de Carvalho - fez pós-doutorado em saúde ambiental pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), e é Doutora em Planejamento Ambiental pela COPPE-Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É Mestra em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e graduada em Geologia pela Unesp. Atualmente é pesquisadora colaboradora do IEE-USP e fundadora do Comunidades Vivas - Mapeamento Participativo (www.comunidadesvivas.com.br)

EDUCADOR: Leonardo Rafael Musumeci - é arquiteto e urbanista (2004-2008_EESC:USP), bacharel (2013-2017_FFLCH:USP) e licenciando em Filosofia (2017-2021_FE:USP), especialista em Meio Ambiente e Sociedade (2014-2016_FESPSP), e mestrando em Saúde Pública - linha de Sistemas Urbanos, Saúde e Sustentabilidade (2021-2023_FSP:USP). Pesquisador desde 2007 sobre a produção da cidade, com ênfase em novas espacialidades, relações socioespaciais, participação social e aspectos ambientais voltados ao projeto e planejamento urbano.

EDUCADORA: Letícia Machado - Atualmente está finalizando o mestrado na Faculdade de Saúde Pública da USP sobre sistemas alimentares alternativos e promoção da saúde. Em sua pesquisa faz uso de banco de dados e mapea o sistema alimentar do município de São Paulo.