O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, e o coordenador de Políticas para Juventude da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), Gabriel Medina, se reuniram nesta segunda-feira, dia 28, com o secretário estadual de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, e seu assessor, Eduardo Dias, para apresentar as ações municipais previstas no Plano Juventude Viva, entre outras ações para a prevenção da violência sofrida por jovens nas regiões mais vulneráveis da Cidade.
O Plano Juventude Viva tem como objetivos a redução da vulnerabilidade da juventude negra e de periferia, que é a principal vítima de homicídios na cidade, bem como a criação de estratégias de prevenção à violência. Iniciativa do governo federal, o Plano tem a sua implementação em São Paulo coordenada pela SMDHC, por meio da Coordenação de Políticas para Juventude, em parceria com a Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial (SMPIR).
Durante o encontro, o secretário Rogério Sottili expôs sua preocupação com os altos índices de homicídios entre jovens, sobretudo negros e de periferia, apresentados no município de São Paulo e se dispôs a dialogar para construir as articulações necessárias entre as diferentes esferas de governo para enfrentar tal problema. Uma das propostas surgidas na reunião foi a construção de um diálogo entre os comitês regionais do Juventude Viva com os correspondentes batalhões da Polícia Militar, a ser mediado pela SMDHC e pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, com o objetivo de qualificar a abordagem e elaborar ações de prevenção à violência policial.
O secretário Fernando Grella se prontificou a manter a SMDHC informada sobre as investigações acerca de quatro chacinas ocorridas desde 2013 e que envolveram homicídios de jovens: a chacina do Jardim Rosana, ocorrida em janeiro de 2013, que teve sete pessoas mortas, entre elas um jovem de 17 anos; a morte do jovem Douglas Rodrigues pela Polícia Militar, no Jaçanã, em outubro de 2013; a chacina ocorrida em Sapopemba, que resultou na morte de três jovens em janeiro de 2014; e o caso da Praça dos Sete Meninos, na Brasilândia, que vitimou cinco jovens em abril deste ano.