A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, por meio da Coordenação de Políticas para Juventude, e a Secretaria Municipal de Promoção da Igualdade Racial realizaram na quarta-feira, dia 24, uma roda de diálogos na Praça das Artes, região central, para apresentar o Plano Juventude Viva, programa do governo federal que tem como objetivo combater os homicídios entre os jovens, especialmente entre os negros e os moradores das periferias, que são as principais vítimas.

Com o plano, uma série de ações voltadas à inclusão social, à autonomia dos jovens, à transformação territorial e ao aperfeiçoamento da atuação do poder público nesses territórios são implementadas junto às administrações municipais.

O diálogo contou com a presença do secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, e do secretário de Igualdade Racial, Netinho de Paula, que reiteraram o desejo do prefeito Fernando Haddad de trazer o plano para a cidade e destacaram a importância de um programa como este em São Paulo.

"Esse debate foi muito importante porque vai nos ajudar a colocar o Juventude Viva cada vez mais em evidência, corrigir os rumos que precisam ser corrigidos e reforçar os pontos fundamentais, para que o programa seja extremamente eficaz em reverter o processo de violência na periferia de São Paulo", afirmou Rogério Sottili.

No encontro, os secretários dialogaram com movimentos de atuação voltada à juventude negra e de periferia e ouviram importantes contribuições para a efetivação do plano. Entre os assuntos abordados, a educação e a segurança pública tiveram destaque, assim como a questão da articulação territorial, do protagonismo juvenil e da cultura periférica.

"A M'Boi Mirim pode ser contemplada com esse projeto e, penso eu, para quem não tinha nada, ter esse projeto já é muita coisa", disse um dos participantes, Isaac de Souza.

Marcilene Garcia de Souza, coordenadora de Ações Afirmativas da Secretaria de Igualdade Racial, e o coordenador de Políticas para Juventude, Gabriel Medina apresentaram as estratégias de construção do plano em São Paulo e os programas federais e municipais que vão compor a versão paulistana.

Esse diálogo foi o primeiro de uma série de discussões que serão feitas para a implementação do Plano Juventude Viva em São Paulo, com o próximo já agendado para a Conferência da Igualdade Racial, no dia 2 de agosto.