Aprovado por 48 votos em segunda e definitiva votação pela Câmara Municipal de São Paulo, o PIU (Projeto de Intervenção Urbana) Vila Leopoldina-Villa Lobos promoverá a reestruturação urbanística de uma área com 300.000 m² na zona oeste da capital, próximo ao Ceagesp. As novas regras estabelecidas por meio do Projeto de Lei (PL) 428/2019 priorizam o incentivo à construção de Habitações de Interesse Social (HIS), que beneficiarão mais de 1,2 mil famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social.

De acordo com o secretário chefe da Casa Civil, Fabricio Cobra, o PIU Vila Leopoldina-Villa Lobos vai solucionar questões de precariedade habitacional de duas comunidades situadas nos arredores - Da Linha e Do Nove – e o conjunto habitacional Cingapura Madeirite.

“O PIU Leopoldina é um projeto importantíssimo para o governo e para a sociedade. Trata-se de uma operação urbana em que o proponente privado se disponibiliza a reurbanizar duas comunidades e um conjunto habitacional, além de explorar o potencial construtivo de toda a área abrangida, potencializando o adensamento de uma região já urbanizada. A Prefeitura ganha com ação social e as famílias com moradia digna e a garantia de permanecerem no bairro que residem com o mecanismo chave a chave. Acreditamos que essa aprovação abre oportunidade para outros proponentes privados apresentarem iniciativas com a mesma solução”, diz.

O texto que estabelece normas para o uso e a ocupação do solo determinando regras para o controle das edificações e a instalação de equipamentos públicos segue para sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O projeto tramitava desde 2019 e foi aprovado em primeiro turno em outubro de 2022.

A região contemplada está situada entre parte da Marginal Pinheiros, Ceagesp e Parque Villa Lobos. O local é atualmente caracterizado pela intensa presença de moradores de rua, problemas relacionados ao uso de tráfico de drogas e falta de equipamentos públicos no entorno.

O PIU Vila Leopoldina-Villa Lobos é 100% custeado pela iniciativa privada e as contrapartidas obrigam que as empresas explorem o potencial construtivo somente após concluir os investimentos no local. A Votorantim sempre presente na região, doou um terreno adicional para garantir que algumas famílias não tenham de ser removidas para outras regiões.

Os investimentos urbanísticos e sociais transformarão a região, que no passado teve usos industriais, em um novo polo de inovação, entretenimento e comércio que atrairá grande circulação de pessoas e desenvolvimento econômico.