Aterro São João e Bandeirantes

Aterros convertidos em usinas termoelétricas agora fornecem eletricidade para cerca de 700.000 pessoas

Diariamente, a cidade de São Paulo produz 15.000 toneladas de resíduos, o que torna a coleta e descarte desses dejetos um grande desafio para a administração ambiental da cidade. Antes, esses resíduos eram despejados em dois dos maiores aterros sanitários do mundo: o aterro Bandeirantes, localizado no km 26 da Rodovia dos Bandeirantes, na zona norte, e o aterro São João, localizado na zona leste da cidade. Cada um deles apresentava capacidade máxima de aproximadamente 25 milhões de toneladas e foram desativados em 2005 2007, respectivamente, após atingirem esse limite. O metano produzido era transportado através de uma tubulação subterrânea e queimado em fornalhas.

Após sua desativação, usinas termoelétricas foram instaladas em ambos os aterros. Através da captura e queima do gás metano, elas geram o equivalente a 7% da eletricidade consumida na cidade. Portanto, o metano produzido, que antes era apenas queimado, agora gera mais de 175.000 MW/h em cada uma das usinas, o suficiente para atender a uma população de 700.000 pessoas.

A usina termoelétrica do aterro São João foi instalada no início de 2008 e compreende uma área de preservação de 270.000 metros quadrados, usada por alunos da rede pública de ensino em visitas monitoradas e aulas de reciclagem e preservação através do projeto “Ver de Perto”, desenvolvido pela empresa que gerencia o aterro.

Ambos os projetos se encontram entre os cinco maiores programas de MDLs aprovados sobre controle de emissões de gases estufa via gerenciamento de resíduos. Além de reduzir as emissões de gases do efeito estufa através da geração de energia por queima de biogás, os projetos dos aterros também visam revitalizar as áreas adjacentes, aprimorando a qualidade de vida da população local.