Jovens debatem violência institucional contra a juventude negra em audiência pública

Solicitado pelo Fórum de Hip Hop Municipal de São Paulo, o evento contou com a participação de movimentos negros, de juventude e pastorais

Aconteceu na terça-feira, dia 29, na Câmara Municipal de São Paulo, a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos sobre a violência institucional contra a juventude negra, pobre e da periferia paulistana, solicitada pelo Fórum de Hip Hop Municipal de São Paulo, que contou com a participação de movimentos negros, de juventude e pastorais.

Também participaram do evento os pais do jovem Douglas Rodrigues, de 17 anos, morto no último domingo, no bairro do Jaçanã, zona norte da capital, com tiro disparado por um policial militar.

A presidenta da Comissão de Direitos Humanos, a vereadora Juliana Cardoso (PT), destacou a questão da violência e do genocídio contra os pobres. "Quanto mais periférica, mas vulnerável a população jovem fica."

Para o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, é necessário enfrentar essa cultura de violência com ações de garantias de direitos na cidade de São Paulo. “O enfrentamento disso passa por ocupar a Cidade com políticas públicas para que a juventude possa exercer a sua cidadania. O Plano Juventude Viva traz 54 ações articuladas com mais de 13 secretarias e é dessa forma que a gente vai mudar a cultura de violação no Município."