O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, acompanhou na manhã desta terça-feira (1º), ações de combate a dengue e roedores transmitores da leptospirose nos bairros de Santana e Tucuruvi, Zona Norte. Na ocasição, ele destacou a importância do trabalho preventivo realizado pela Administração. Hoje, o chefe do Executivo Municipal esteve nas ruas Tenente Rocha e Maria Curupaiti, em Santana, e acompanhou as atividades com o secretário municipal de Saúde, Januario Montone.

"As ações preventivas são permanentes em relação ao combate a dengue, a leptospirose e tantas outras epidemias que podem acometer a cidade de São Paulo. As medidas realizadas nos últimos anos têm dado resultados. O sonho de qualquer administrador é reduzir a zero qualquer incidência, mas são índices muito baixos, suportáveis e que têm a tendência de melhorar com esse trabalho preventivo", afirmou o prefeito.

Kassab e Montone visitaram casas na Rua Maria Curupaiti juntamente com uma equipe formada por agentes da Secretaria Municipal de Saúde, chamada de Ação Casa a Casa. Ela tem por objetivo identificar, eliminar e tratar criadouros de dengue em potencial, além de orientar os moradores sobre as condutas a serem adotadas para a não-proliferação do Aedes Aegypti. A periodicidade para a realização de visitas a cada imóvel é de aproximadamente três meses, e esses períodos são denominados "ciclos".

O prefeito reiterou que a colaboração da população com os profissionais da Saúde é imprescindível para impedir o avanço da doença na Capital. "A contribuição da população é fundamental. E ela tem contribuído. É necessário que a população entenda o seu papel. As orientações têm sido feitas, as equipes vão de casa em casa, e com isso nós vamos diminuir ainda mais os índices da dengue na cidade de São Paulo", apontou Kassab.

Montone lembrou que a atenção da Secretaria estará voltada para o início de fevereiro - quando muitas pessoas retornam das férias. "Nossa preocupação é que há dengue em várias regiões do Estado e do Brasil. Por isso é preciso alertar as pessoas que saíram em férias e estiveram em regiões com epidemia. Elas também precisam vistoriar suas residências, porque dependendo do tempo em que se fica fora de casa, podem se desenvolver criadouros", disse o secretário.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, em 2010, a cidade de São Paulo indicou o coeficiente de incidência de dengue de 53 casos autóctones (quando a contaminação aconteceu no Município) em cada 100 mil habitantes. Dessa forma, de acordo com parâmetros do Ministério da Saúde, a Capital possui baixa incidência da doença. Em números absolutos, a Cidade teve 5.858 casos autóctones no ano passado.

Leptospirose

O prefeito e o secretário municipal de Saúde também vistoriaram o trabalho de desratização realizado pela equipe da Prefeitura no córrego da Rua Tenente Rocha, também em Santana. A ação é realizada pelo programa Rato Fora, que tem como meta reduzir a população de ratos, por meio da sistematização e otimização das ações de controle, racionalizando as atividades em áreas de maior risco.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o controle químico de roedores, por meio do uso de veneno nos córregos do Município, é feito preventivamente de três a quatro vezes ao ano pelos agentes da Coordenadoria da Vigilância em Saúde (Covisa). Essa ação diminui o risco de transmissão de leptospirose.

"A leptospirose tem ainda uma preocupação a mais: os sintomas aparecem apenas depois de duas ou três semanas. E às vezes a pessoa não lembra que ficou na água acumulada pelas chuvas", observou Januario Montone. Os principais sintomas da doença são: febre, dor no corpo, mal-estar e dores nas panturrilhas. Segundo o secretário, as 439 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 116 AMAs estão preparadas para atender os casos suspeitos da leptospirose.