Cidade de São Paulo desobriga uso de máscara em ambientes abertos

Obrigatoriedade segue em locais fechados, como em transportes públicos; medidas não farmacológicas de precaução devem ser mantidas

Acompanhando o cenário epidemiológico da cidade de São Paulo, que aponta queda no número de doentes pela Covid-19 nas últimas semanas, além de menores taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria para tratamento da doença, além das altas taxas de coberturas vacinais na capital, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), desobriga, a partir desta quarta-feira (9), o uso de máscara de proteção ao ar livre e em ambientes abertos, como ruas e parques da cidade, seguindo as diretrizes do Governo do Estado.

A utilização, porém, se mantém obrigatório em locais fechados, como em transportes públicos. Além disso, devem ser mantidas as medidas não farmacológicas de precaução: etiqueta respiratória, higiene das mãos e evitar aglomeração.

"A cidade de São Paulo mais uma vez acompanha a ciência para embasar uma importante decisão nessa pandemia. É um marco a gente poder desobrigar o uso de máscaras pela população nos ambientes abertos, depois de tantas restrições, de tanta luta da nossa valorosa equipe de profissionais de saúde e do apoio da população, que, apesar de todas as dificuldades, acatou majoritariamente às orientações de uso de máscara, ficou em casa quando foi necessário e, desde o ano passado, se vacinou. Agora, com um estudo da Vigilância Sanitária do Município atestando que a alta imunização e a queda sucessiva nos índices de contaminação, tenho a tranquilidade e a satisfação de anunciar esse importante passo rumo à normalidade", declarou o prefeito Ricardo Nunes.

Na última semana epidemiológica, de 27 de fevereiro a 5 de março, 1.273 casos de Covid-19 foram confirmados na capital. Na semana epidemiológica 8 (de 20 a 26 de fevereiro), 2.609 casos de Covid-19 foram registrados; na semana 7 (de 13 a 19 de fevereiro), foram 4.552 casos; e na semana epidemiológica 6 (de 6 a 12 de fevereiro), 7.176 confirmações. Esses dados são dinâmicos e passam por constante atualização.

A taxa de ocupação de leitos Covid-19 na terça-feira (8) foi de 21% para UTI e de 8% para enfermaria. No dia 15 de fevereiro, há três semanas, a taxa de ocupação estava em 50% para leitos de UTI e em 40% para leitos de enfermaria.

Para o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a adesão da população paulistana à vacinação permitiu esse avanço.

“Os especialistas da SMS acompanham o cenário epidemiológico da doença na cidade e a decisão também leva em conta a alta cobertura vacinal contra a Covid-19 em todas as faixas etárias elegíveis na cidade de São Paulo”, afirmou.

Até o momento, na capital, foram aplicadas 28.626.049 doses de vacina contra a Covid-19, sendo 11.643.046 primeiras doses (D1), 10.529.574 segundas doses (D2), 6.110.369 doses adicionais (DAs) e 343.060 doses únicas (DUs). A cobertura vacinal da população com mais de 18 anos de idade está em 109,9% para D1, em 105,8% para D2 e em 66,2% para DAs.

Em adolescentes de 12 a 17 anos foram aplicadas 969.889 D1, representando uma cobertura vacinal de 114,9%, e 839.948 D2, equivalente a 99,5% do público-alvo.

Em crianças de 5 a 11 anos foram aplicadas 868.808 D1, 80,2% do total esperado. Nesse mesmo público, 24,7% receberam também a D2, o que equivale a 267.588 doses.

Os dados de casos de Covid-19 e de assistência podem ser observados no Painel Covid-19, disponível aqui.