Cidade de São Paulo se adapta para as mudanças climáticas

A adaptação da cidade de hoje para o amanhã é um desafio apontado no PlanClima SP e conta com 11 ações a serem implementadas

 Pessoas e os sistemas urbanos precisam se adaptar em resposta aos efeitos das mudanças climáticas atuais e previstas, para reduzir ou moderar seus impactos negativos. A construção de uma cidade resiliente é o objetivo central das medidas de adaptação pensadas no Plano de Ação Climática da capital paulista, o PlanClima SP. Para isso, são necessárias políticas de desenvolvimento urbano para melhorar a infraestrutura e reduzir a vulnerabilidade social.

A implementação de iniciativas e medidas de adaptação envolvem informações de qualidade, mapeamento e estudos científicos, além do conhecimento e treinamento da população para tornar a cidade mais sustentável e mais preparada para enfrentar os eventos extremos, como enchentes e crises hídricas. Como a maior parte da atual infraestrutura urbana não foi originalmente pensada para suportar esses impactos, a adaptação se tornou necessária tornando os prejuízos menores.

Com o PlanClima SP, haverá um melhor conhecimento do território e o investimento em educação ambiental, além de soluções baseadas na natureza associadas às obras tradicionais de drenagem e uma política habitacional que promova a redução das áreas de risco de desastres. Serão desenvolvidas e divulgadas informações sobre mudança do clima, principalmente para as pessoas mais afetadas, escolas e equipes da Prefeitura.

Confira as ações prioritárias a serem desenvolvidas para adaptar a cidade de hoje para o amanhã:

1. Promover a melhoria da qualidade ambiental do Município de São Paulo na perspectiva dos impactos da mudança do clima.
2. Aperfeiçoar o monitoramento da aplicação, eficiência e eficácia dos instrumentos urbanísticos utilizados com a finalidade de promover a mitigação de emissões de gases de efeito estufa e a adaptação aos impactos da mudança do clima, bem como a adoção de fontes renováveis de energia e a construção sustentável.
3. Incrementar o provimento habitacional para população de baixa renda.
4. Aumentar a área permeável dos equipamentos e espaços públicos novos e existentes.
5. Incrementar o uso de soluções baseadas na natureza (SbN) nas obras da infraestrutura de drenagem.
6. Requalificar os espaços públicos viários de modo a favorecer a caminhabilidade, as atividades ao ar livre, a cultura e a convivência.
7. Mapear zonas críticas inundáveis, adotando a perspectiva da ocorrência de eventos climáticos extremos e objetivando sua incorporação à Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo.
8. Dar seguimento ao Programa Córrego Limpo.
9. Incluir análise de vulnerabilidade climática e estratégias de mitigação das emissões de GEE e adaptação aos impactos da mudança do clima nos empreendimentos sujeitos a licenciamento ambiental ou estudo de impacto de vizinhança.
10. Estabelecer critérios que permitam e orientem a destinação de recursos dos fundos municipais para ações de mitigação e adaptação à mudança do clima.
11. Fortalecer a governança do Sistema Municipal de Defesa Civil para uma gestão intersetorial e transversal da redução de risco e de desastres.