10ª edição da Virada Cultural acontece nos próximos dias 17 e 18 de maio

Evento tem início às 18h do sábado e segue até às 18h do domingo

Banda Ira! abre o evento no palco Julio Prestes, onde também se apresentam Vanessa da Mata, Luiz Melodia e Baby do Brasil

Praça Roosevelt recebe “Viradinha”, com shows, teatro e gastronomia para o público infanto-juvenil e também atrações circenses

Programa Braços Abertos se integra ao evento com palco temático, que ficará no Largo Coração de Jesus e terá atividades que contam com a participação de dependentes químicos participantes do programa

Reginaldo Rossi é homenageado por sua banda no Largo do Arouche por sua banda; palco também recebe artistas de várias gerações como Peninha, Rosanah, Kátia e Falcão

Restaurantes da cidade aderem ao evento e funcionam 24 horas; A partir do domingo de manhã, feiras gastronômicas começam a funcionar: O Mercado ficará na Rua Ribeiro de Lima e Os Chefs na Rua no Minhocão

Palco da Dança no Vale do Anhangabaú tem duo de Ana Botafogo com Luis Arrieta, Balé da Cidade de São Paulo, Marcia Milhazes Companhia de Dança e Quasar Companhia de Dança também se apresentam

Samba é homenageado em dois palcos do evento: Luz e Largo General Osório; Artistas como Mart’nália, Fabiana Cozza, Sombrinha, Almir Guineto, Nelson Sargento, Eliana de Lima, Thobias da Vai-Vai, Samba da Vela e Osvaldinho da Cuíca animam a plateia

Mercado Municipal abriga o forró com o Trio Nordestino, que tem a participação de Lucy Alves; Rastapé e encerramento com Peixelétrico

Atividades de cultura oriental ocupam a Liberdade com bandas, grupos de street dance e música instrumental

Cinemas do Centro como Cine Olido e Cine Dom José trazem como programa musicais consagrados e a mostra de documentários musicais In-edit

Um dos maiores eventos de rua do Brasil chega a sua 10ª edição. Neste ano, a Virada Cultural, acontece entre os dias 17 e 18 de maio e consolida sua vocação de evento público de caráter inclusivo e multidisciplinar. A cada nova edição, a Virada trouxe novidades, incluiu em seu perímetro novos territórios da cidade, adquirindo o formato que tem hoje, da região da Luz à 25 de março, passando pela Avenida São João, Praça Roosevelt, Pátio do Colégio, descendo até o Mercado Municipal de São Paulo, que neste ano será palco para o forró.

"A Virada tem apenas 10 anos e já é patrimônio cultural da Cidade. São mais de 1000 atrações que atendem a todos os gostos, tribos e linguagens. É a maior oportunidade de convivência dos paulistanos. A Virada significa uma São Paulo aberta, afetiva, solidária e carinhosa. A Virada é a cidade em festa!“, ressalta o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira.

Nesta edição, a Virada Cultural, promovida pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, com patrocínio da Petrobras e produção da SPTuris, tem como parceiros o SESC São Paulo e Secretaria de Estado da Cultura. O evento tem apoio da SP Negócios, do programa municipal São Paulo Carinhosa, Festival da Cultural Inglesa, Consulados Gerais da Austrália e da França, CET, SPTrans e Metrô de São Paulo.

A programação completa está disponível no site www.viradacultural.prefeitura.sp.gov.br

Braços Abertos

O Programa Braços Abertos, ação da Prefeitura de São Paulo de combate ao crack, terá um palco exclusivo na Virada Cultural. Atrações como a Palhaça Mafalda e Mendiga Catadora de Ilusões, Afrobase, Cabaret do Triunfo, Nanny Soul, Engrenagem Urbana, entre outras, compõem a grade de programação. O palco, que contará com a participação ativa dos integrantes do projeto, funcionará 24 horas no Largo Coração de Jesus.

Na esquina da Alameda Glete com a Rua Dino Bueno, a ABRACIRCO apresenta o programa Folias de Picadeiro.

Teatro

Entre os grandes destaques, está o Grupo Générik Vapeur. O grupo francês trará inédito espetáculo de música, performance e muita criatividade. Além disso, a Virada Cultural receberá o monologo com Otávio Muller e Vingança - O Musical.

Circo

Neste ano, a curadoria colegiada formada por 15 membros teve o ator e palhaço Hugo Possolo, reforçando a programação circense, que ocupará a Praça Roosevelt. Um caminhão trapézio será montado no local com apresentações em diversos horários. Além disso, malabaristas, trapézios e números de cabaré compõem o palco temático.

Artes Visuais

Outra área que ganhou mais espaço na Virada neste ano é a de Artes Visuais. Com curadoria de Miguel Castro, esta área terá, entre outras novidades, uma intervenção do Urban Trash Art, que vai distribuir 200 bancos feitos de material reciclagem, por vários locais da Virada como Vale do Anhangabaú, Praça Alfredo Issa e Rua Coronel Xavier de Toledo. A intervenção se chama “Velocidade Zero” e tem como objetivo oferecer áreas de descanso na Virada. Outra intervenção dentro do projeto Midiática será o Mapa de Público. Esta ação inédita no evento tem o objetivo de trazer uma visão criativa e inusitada sobre a internet e o impacto dela nas relações entre as pessoas e também com o espaço urbano. O objetivo é gerar um mapa artístico ao vivo com a interação do público a partir de um aplicativo gratuito para celular chamado Mapa de Público. O público poderá baixar o aplicativo, no dia do evento, nas lojas virtuais GooglePlay ou AppleStore e marcar os pontos que desenham o seu percurso durante a Virada Cultural.

Samba em destaque

O samba terá espaço de destaque na Virada Cultural deste ano. Dois palcos, um na Luz e outro no Largo General Osório. Grandes artistas do gênero como Riachão, Martn’ália, Fabiana Cozza, Sombrinha, Almir Guineto, Nelson Sargento, Teresa Cristina, Thobias da Vai-vai, Samba da Vela e Osvaldinho da Cuíca desfilam canções que marcaram a história do samba em São Paulo e no Brasil.

Um encontro de líderes de grupos de pagode da década de 1990, Chrigor (ex-Exaltasamba), Salgadinho (ex-Katinguelê) e Márcio, (ex-Art Popular), que fundaram o conjunto Pagode 90, promete embalar a plateia com seu repertório romântico.

Viradinha

Neste ano, os pequenos cidadãos foram novamente lembrados e terão a Viradinha ampliada, que desta vez, ocupa a Praça Roosevelt. O espaço dedicado às crianças terá oficinas temáticas pelo Espaço de Brincar Mamusca. As atividades coordenadas pela equipe da ONG Mamusca trazem um novo conceito de vivência familiar, criando um lugar para “grandes, pequenos e pequeninos”. Além disso, a trupe traz o exclusivo jogo ‘BLOC CITY’, criado pelo estúdio espanhol MILIMBO, especializado na criação de objetos de papelão. Nesta oficina, crianças a partir de sete anos irão inventar suas casas, carros, personagens, pontes, árvores e edifícios utilizando caixas de papelão, cola, tesoura, fita adesiva e muita imaginação, criando a cidade ideal, de onde surgirão também necessidades que os adultos não levam em consideração, como uma grande fábrica de sorvete, um castelo onde vivem as fadas, máquinas voadoras e a cova do dragão, por exemplo. Entre as atrações musicais, está Pato Fu, com o espetáculo Música de Brinquedo, em parceria com Giramundo, e o musical A Galinha Pintadinha.

Discos Históricos no Municipal

Celebrar a música de diversas épocas sempre foi uma das propostas da Virada Cultural. Além do Largo do Arouche e do Theatro Municipal, a cada ano, esta tônica se acentua em vários outros espaços do evento. Um grande exemplo dessa proposta de reviver alguns momentos do passado da música brasileira é a presença de artistas consagrados nas décadas de 1980 e 1990 nas rádios e nos programas de TV.

No Theatro Municipal de São Paulo, discos históricos são relembrados por seus intérpretes. São obras que transcendem gerações e são celebrados como referência artística e conceitual até os dias atuais. Claudette Soares interpreta seu álbum Trem de Ferro, lançado em 1969. Com essa proposta, a programação do Theatro Municipal proporciona à plateia a chance de ouvir, faixa a faixa, a interpretação do artista. A Bossa Negra, disco lançado por Elza Soares em 1961, que traz canções como “Beija-me” e “O bilhete”. Além disso, Fausto Fawcett trará seus grandes hits do “Fausto Fawcett e os Robôs Efêmeros”, de 1987, com o sucesso “Katia Flávia”.

Grandes releituras

O palco da Avenida Rio Branco terá Alice Caymmi, neta de Dorival, interpretando “Eu não tenho onde morar”, disco lançado em 1960 ; A cantora Céu traz seu show com repertório do cantor jamaicano Bob Marley, do álbum Catch a Fire, de 1973; O cantor Otto propõe uma releitura das canções de Martinho da Vila do álbum “Canta, canta, minha gente”, de 1974.

O oitavo álbum de estúdio do Pink Floyd, “Dark side of the moon”, que traz canções como “Money”, será interpretado pelo grupo Cidadão Instigado. O jazz estará representado por Guizado, que traz o clássico de Miles Davis, “On the corner”, lançado em 1972. Do mesmo ano, o disco “Expresso 2222”, lançado por Gilberto Gil, ganha releitura de Felipe Cordeiro.

Jovens cantores

Karina Buhr, Marcio Castro, Felipe Catto, Iara Rennó, Tulipa Ruiz, Marcelo Jeneci e Mariana Aydar são alguns nomes que integram a programação do palco Líbero Badaró. Em comum, todos são jovens e dão uma cara despojada para a nova música brasileira.

25 de março

Dono do hit “Ela não anda, ela desfila”, MC Bola é atração do palco da rua 25 de março, ao meio-dia. Outros artistas do gênero, como MC Nego Blue, MC Gui, também marcarão presença. Às 14h, é a vez do Cone Crew, um dos principais grupos de rap independente, se apresentar.

Largo do Arouche

No palco do Largo do Arouche, Reginaldo Rossi será homenageado por sua banda. O palco também recebe artistas de várias gerações como Peninha, Rosanah, Kátia, Falcão e Valesca Popozuda. Kátia, trará um dos seus grandes sucessos do início da década de 1980, o hit “Qualquer jeito (Não está sendo fácil)”. Outra estrela musical será Rosanah, que apresenta a sua canção de maior sucesso “O amor e o poder (Como uma deusa)”, além de “Nem um toque”.

Gastronomia

Um dos primeiros eventos da cidade a levar a alta gastronomia às ruas, a Virada Cultural traz, nesta edição, um incremento desta iniciativa. Diversos restaurantes da cidade, como o Bar da Dona Onça, Empório Antonietta, Bar do Estadão, entre outros, vão funcionar durante as 24 horas.

No domingo de manhã, a partir das 9h, o Minhocão vira palco do Chefs na Rua, popular ação que conta grandes nomes da cozinha atual servindo pratos a preços acessíveis, sempre com o intuito de democratizar a gastronomia e gerar experiências. A grande novidade é que este ano é que acontece dentro da ação o Cerveja e Cultura, que levará ao público marcas artesanais de cerveja a preços populares.

Quem quiser conferir mais opções de boa comida na Virada, a dica é visitar também o Bom Retiro, que contará com uma feira gastronômica O Mercado. E para a criançada, na Praça Roosevelt terá opções de comidinhas na programação especial dos “Chefinhos na Rua”.

Curadoria Colegiada

Nesta edição, o evento contou com 15 curadores de diversas áreas: Alex Antunes, produtor e crítico musical; Clara Lobo, mestre em cinema pela USP, escreve para a Revista Geni, sobre gênero e sexualidade; Evandro Fióti, produtor musical de artistas independentes, pelo selo Laboratório Fantasma; Fábio Maleronka, coordenador de programação da Secretaria Municipal de Cultura; Fernando Dourado, programador de dança da Secretaria Municipal de Cultura; Gabriela Fontana, atriz e produtora da Secretaria Municipal de Cultura; Hugo Possolo, palhaço, ator, autor e diretor, é um dos fundadores do grupo de teatro Parlapatões; Iracity Cardoso, diretora do Balé da Cidade de São Paulo; José Mauro Gnaspini, coordenador de eventos da Secretaria Municipal de Cultura, programou as últimas oito edições da Virada Cultural e integrou a curadoria colegiada de 2013; Karen Cunha, coordenadora de eventos da Secretaria Municipal de Cultura; Marcus Preto, jornalista e crítico musical; Miguel de Castro, consultor em cultura digital. Fundou a ESCAPE, rádio itinerante de caráter público que se desdobrou no barulho.org e no Dubversão Sistema de Som; Moisés da Rocha, produtor musical, pesquisador e apresentador, dedica-se à preservação das raízes culturais afro-brasileiras, sendo um dos principais divulgadores do samba, soul, funk, samba-rock e do rap no Brasil; Paulo Dias, fundador do Grupo de Danças Populares e Associação Cachuera! e Pena Schmidt, produtor musical, iniciou sua carreira como produtor musical, fonográfico, stage manager e diretor técnico de eventos e festivais musicais, colunista, técnico de som e palestrante.