Mulher do Tocantins que desapareceu ao chegar a São Paulo é encontrada pelas câmeras inteligentes da Prefeitura

Sistema de reconhecimento facial, que prevê 20 mil câmeras instaladas em toda a cidade, começou a funcionar no dia 9 e localizou desaparecida 4 dias depois

Uma mulher do Tocantins que estava desaparecida havia 12 dias foi encontrada nesta terça-feira (13) perambulando por ruas do entorno da Rodoviária do Tietê, na Zona Norte, graças ao Programa Smart Sampa, um sistema que usa tecnologia de reconhecimento facial e teve sua operação iniciada pela Prefeitura no dia 9 de fevereiro. No total, 20 mil câmeras dotadas de inteligência artificial serão instaladas em toda a cidade.

A mulher, de 39 anos, saiu do seu Estado natal no dia 1º e deveria ir para a casa de parentes na capital paulista, mas nunca apareceu. Preocupados, os familiares começaram a buscar informações e acionaram os serviços da Prefeitura, como a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDH) e a Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU).

O sistema emitiu um alerta para os agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) três dias depois do cadastro da mulher. Agentes em viaturas foram acionados, com um profissional da SMDH, e a encontraram desorientada no entorno da rodoviária. A mulher foi encaminhada a UBS mais próxima e identificada por um familiar

“Esse é o primeiro caso de sucesso e estamos muito contentes com esse primeiro serviço prestado, por conseguirmos dar essa resposta positiva para a sociedade”, disse o secretário-adjunto da SMSU, Alcides Fagotti Junior.

O Programa Smart Sampa terá 20 mil câmeras instaladas em toda a capital. Os equipamentos com inteligência artificial permitirão a integração de órgãos municipais como secretarias de saúde, assistência Social, direitos humanos, transporte, além de outros órgãos de segurança do país.

A gestão municipal irá investir R$ 9,8 milhões mensais com objetivo de trazer mais segurança e proporcionar melhores serviços para os cidadãos.

Com sistema de reconhecimento facial dos equipamentos, será possível auxiliar na busca de pessoas desaparecidas e também procurados pela Justiça. Neste método, o sistema considera somente detecções com no mínimo 90% de paridade nos casos de pessoas foragiras. As que estiverem abaixo desse parâmetro serão automaticamente descartadas pela plataforma, não gerando nenhum alerta. Isso é um diferencial do Programa em relação a outras iniciativas, que são criticadas por possuírem apenas um processo de disparo automático de notificações sem procedimento de análise prévia.

Central de Monitoramento

A Central localizada no Prédio do Palácio dos Correios, no Vale do Anhangabaú, Centro Histórico de São Paulo, conta atualmente com 40 agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) operando 24h, capacitados por meio de Protocolo Operacional. Também estão em treinamento mais 260 agentes que deverão compor a central de monitoramentos em sua totalidade até o final deste ano.

Inteligência Artificial em benefício da população

O uso da Inteligência Artificial no Programa Smart Sampa também servirá para benefício em diversos aspectos da cidade de São Paulo em áreas como zeladoria, trânsito, assistência social, pessoas desaparecidas, segurança urbana e equipamentos públicos, incluindo saúde, educação e proteção ao patrimônio público. Além da busca de pessoas desaparecidas, a tecnologia poderá beneficiar o cidadão nas questões de manutenção e conservação da cidade em zeladoria, como falta de iluminação em vias públicas, cujo alerta é confirmado e direcionado aos órgãos responsáveis por esse reparo.

A inteligência artificial também será impactada de forma positiva no trânsito da capital. Por exemplo, se um semáforo parar de funcionar, a central de monitoramento recebe um alerta e encaminha a ocorrência para a viatura da CET mais próxima para intervir no trânsito local, além de acionar de imediato, os técnicos para reparar o sinal.

Em Segurança Urbana Municipal, através dos espelhos d'água que se formam nos pontos de alagamento no asfalto, a central de monitoramento notifica imediatamente o operador da Guarda Civil Metropolitana (GCM) sobre a situação. Em seguida, o operador encaminha um alerta detalhado para os agentes de trânsito e segurança, informando a localização exata do ponto de alagamento e as ações necessárias para o escoamento da água. Estas ações podem incluir o acionamento de bombas para drenagem automática ou a mobilização de equipes para realizar o escoamento manualmente, dependendo da gravidade do alagamento.