SMSU participa de cerimônia que relembra o fim da “Guerra Paulista”

O último grande conflito armado do Brasil mobilizou a cidade de São Paulo

Há 89 anos, cessava as hostilidades da Revolução de 32. O movimento armado, deflagrado em 9 de julho 1932, reivindicava a elaboração de uma nova constituição e o fim do governo provisório de Getúlio Vargas. A articulação mobilizou as forças armadas do estado e um grande contingente de voluntários alistados, que lutaram especialmente nas fronteiras com o Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana participou neste sábado (2) da Solenidade do 89º Aniversário da Cessação das Hostilidades da Revolução de 32, celebrada no Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, no Parque Ibirapuera, onde estão depositados os restos mortais dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mortos em manifestação contra o governo provisório, e dos 713 combatentes tombados em combate.

A Secretária Municipal de Segurança Urbana, Elza Paulina de Souza, participou da Solenidade Cívica de Outorga de Grau e representou o Prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. A secretária foi condecorada com a Medalha Honra ao Mérito Coronel Francisco Vieira, criada em 2018 para homenagear a memória e o legado de sua atuação na Revolução de 32. São condecoradas personalidades com destaque na prática de atos relevantes para segurança pública.

“Estar aqui hoje é um reconhecimento grandioso. Quero fazer uma menção às mulheres, que grandemente atuam nas mais diversas ações deste país, inclusive na Revolução de 32. Elas exercem papéis fundamentais. Quero dizer a todas as delegadas, policiais e guardas civis do país que fico deveras orgulhosa destas mulheres de aço e de flores”, disse a secretária, em seu discurso.

A Revolução de 32 é marcada, também, pela intensa participação de mulheres, nos movimentos de arrecadação de recursos, nas fábricas de uniformes, armamentos e suprimentos para a guerra, no atendimento e no front, como as soldadas Maria Sguassábia e Maria “Soldado” José Barroso. A primeira, professora, se disfarçou de homem para poder ir ao front e a segunda, emprega doméstica de uma tradicional família paulistana, se alistou na Legião Negra, batalhão formado por grande número de voluntários, trazendo ao movimento a discussão sobre o contexto racial da época.

A cerimônia contou com diversas autoridades civis militares e políticas: o senador Dr. Alexandre Luiz Giordani; o deputado Federal Fausto Pinato; os deputados estaduais Coronel Telhada e Castello Branco; Presidente do MMDC Dr. Carlos Romagnoli, Presidente do Núcleo MMDC Luz da Pátria Itapira e Diretor Geral dos Núcleos MMDC da Sociedade dos Veteranos de 32 Dr. Fernando Nastri Palmieri, Presidente do Conselho Estadual da Ordem do Ipiranga Professor Adilson Cézar e o Coronel da Polícia Militar Anderson Lima de Oliveira.