Defesa Civil realiza palestra sobre ações para enfrentar os efeitos da mudança climática na cidade de São Paulo

Palestra tratou da importância de políticas públicas que visem a prevenção e maior agilidade em catástrofes decorrentes da mudança climática

 Este foi o tema da palestra realizada pelo coordenador de ações preventivas e recuperativas da Defesa Civil, dentro da 46ª reunião do Comitê de Mudança do Clima e Ecoeconomia, ocorrida em (19/04), na Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz – UMAPAZ, no Parque do Ibirapuera.

O especialista tratou da importância das políticas públicas atentarem para a questão da prevenção, do trabalho conjunto de vários órgãos, no envolvimento de integrantes do poder executivo, nas três esferas de poder, como forma de operacionalizar mais rapidamente, as tomadas de decisão e a importância da participação da comunidade, principalmente, os que vivem nas áreas de risco.

“Qual é o valor de uma vida? A Defesa Civil possui ferramentas técnicas para implantação das ações nos casos de emergência, mas é preciso políticas públicas permanentes de gestão, o envolvimento dos municípios vizinhos, como forma de combatermos de forma macro, os desastres, sejam eles naturais ou provocados pelo homem. Esse é o nosso grande desafio”, ponderou o geólogo.

Ao final, o coordenador de ações preventivas e recuperativas da Defesa Civil, informou que um novo mapeamento das áreas de risco da cidade está sendo feito, com as informações a serem lançadas na nova plataforma, a GEOSAMPA, que irá unificar as informações georreferenciadas constantes em bancos de dados de várias instituições da administração pública municipal com vistas ao planejamento urbano. O último mapeamento é de 2011, onde apontou 407 regiões de alto risco em 26 subprefeituras, totalizando 13,5 quilometros. A nova ferramenta permite visualizar mapas, fotos, números para que se façam ações pontuais, sejam elas de congelamento de invasões, de monitoramentos das áreas ocupadas, com as parcerias dos NUDECs.

Baixa umidade e temperatura
Os planos de contingência Baixa umidade e baixa temperatura, que já estão sendo discutidos pela Defesa Civil e os demais órgãos, para o enfrentamento do problema nas regiões que vem registrando índices de umidade relativa do ar, baixíssima, como Ermelino Matarazzo, no ano passado que registrou 9%.

O Comitê Municipal de Mudança do Clima e Ecoeconomia baseia-se na Lei 14.933 de junho de 2009, que instituiu a Política de Mudança do Clima no Município, tem representação da administração municipal e dos diferentes segmentos da sociedade e também criou seis grupos de trabalho. Essas equipes constituem, basicamente, os seis eixos da estrutura da referida Lei, como: transportes , energia renovável, saneamento e recursos hídricos, habitação, SMDU, Secovi, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano.

A reunião do Comitê Municipal de Mudança do Clima e Ecoeconomia contou com as presenças do Secretário Municipal do Verde e Meio Ambiente, a Secretária Executiva do Comitê, representante do estado de saneamento de recursos hídrico, além de representantes das Secretarias Municipais de Infraestrutura Urbana e Obras e Segurança Urbana, Sindicato da Habitação (Secovi), Sindicato da Construção (Sinduscon) e a Ong Internacional ICLEI, uma representação internacional que atua em diversos países, inclusive São Paulo, promovendo ações de sustentabilidade.

Para saber mais: "Diretrizes para o Plano de Ação da Cidade de São Paulo para Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas”