Abrigos de ônibus recebem imagem de motociclista vítima de acidente de trânsito

Objetivo é sensibilizar a categoria. Ação faz parte da mobilização para reduzir acidentes lançada pela Prefeitura. Vítima na foto trafegava entre as faixas de rolamento dos veículos quando se acidentou

A Prefeitura de São Paulo irá estampar em abrigos de ônibus, a partir desta terça-feira (17/12), a imagem de um homem de 30 anos que teve a perna amputada em razão de um acidente de moto. A peça publicitária, que estará espalhada por todas as regiões da capital, será acompanhada da seguinte mensagem: “Motociclista, respeite sempre o limite de velocidade.”

A ação faz parte da segunda fase do Movimento pela Vida Segura no Trânsito, com campanha voltada à conscientização de motociclistas, lançada em 7 de dezembro. O objetivo da iniciativa é chamar a atenção sobre a importância de quem utiliza motocicleta respeitar as leis de trânsito, como, por exemplo, os limites de velocidade, de modo a evitar acidentes e resguardar a vida de todos que utilizam o viário urbano de São Paulo.

Em 2018, o número de óbitos desses condutores em acidentes, pela primeira vez, ultrapassou a quantidade de pedestres que morreram atropelados em São Paulo. Foram 366 vítimas fatais que estavam em motos, ante 349 pessoas a pé.

O Movimento pela Vida Segura no Trânsito foi lançado pela Prefeitura no último dia 29 de novembro. A segunda etapa, de proteção aos motociclistas, estreou com filmes para televisão e spots de rádio, com 30 segundos cada um. O roteiro narra, na perspectiva de uma mãe, a morte de um jovem em um acidente sofrido após exceder o limite de velocidade na moto. O impacto de se trabalhar o tema “mães” foi avaliado em um grupo focal de motociclistas, que aprovaram a utilização desse conceito para conscientizar seus pares.

Perna amputada após acidente de moto

Herberth Vital Jovaneli Lima, que teve de amputar a perna esquerda, na altura do joelho, em decorrência de um acidente de moto em junho de 2015, é quem estampa as fotos que chegam aos abrigos de ônibus na cidade de São Paulo nesta terça-feira (17/12).

O acidente ocorreu na Avenida Santos Dumont, sentido centro, região do Bom Retiro, e Herberth estava com sua motocicleta entre as faixas de rolamento dos automóveis. “O trânsito havia parado, mas as motocicletas seguiam andando pelo corredor. Foi quando uma mulher abriu a porta do carro do lado do motorista”, relembra Herberth, que, na manobra que fez para desviar da porta, acabou atingindo a traseira de uma caminhonete.

“Fraturei o fêmur na região da amputação, quebrei três costelas, tive duas perfurações no pulmão, além de ter ficado com baço, pâncreas e rim comprometidos. Em razão da gravidade do acidente, fiquei em coma induzido por 40 dias. Só depois disso descobri que tinha perdido a perna”, explica.

Para poder retomar as atividades do dia a dia, Herberth precisou de um ano de recuperação, reunindo sessões de fisioterapia e reabilitação. “Tudo mudou na minha vida após o acidente, principalmente em relação às regras básicas do trânsito, que muitas vezes deixamos de seguir. Alta velocidade, jamais; passei a respeitar todas as placas de sinalização; sempre oriento meus filhos a usar o cinto de segurança até no banco de trás. Não quero mais me acidentar no trânsito nem correr o risco de ser o carrasco de alguém”, finaliza Herbeth, que espera que sua foto e sua história sensibilizem e conscientizem os demais motociclistas.

Foto de um motociclista que teve a perna amputada após um acidente no trânsito.

Sobre o Movimento pela Vida Segura no Trânsito

A Prefeitura de São Paulo está promovendo um movimento de conscientização sobre segurança viária, com o objetivo de mobilizar e engajar a população nos esforços para a redução do número de mortes e acidentes no trânsito. Ao longo de 2018, a capital paulista registrou 849 vítimas fatais no trânsito.

A ação, que envolve a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT), a Secretaria do Governo Municipal (SGM) e a Secretaria Especial de Comunicação (Secom), tem como mensagem principal o slogan “Hoje Não. Movimento pela Vida Segura no Trânsito”, baseada no Plano de Segurança Viária – Vida Segura.

A campanha está dividida em três fases. A primeira foi a mobilização, iniciada no dia 29 de novembro. Foram instaladas bandeiras brancas em pontos relevantes da cidade e 849 cruzes brancas no canteiro central da Avenida 23 de Maio, sendo que cada uma delas representa uma pessoa que perdeu a vida em 2018. A campanha se estende até junho de 2020, e a terceira fase, prevista para março, é voltada para Pedestres.

De Secretaria Especial de Comunicação