Familiares, amigos e autoridades relembram a trajetória do operário Santo Dias

Foto:Cesar Ogata/SECOM

O operário Santo Dias da Silva recebeu no sábado, 8 de novembro, homenagem que marcou os 35 anos de sua morte, ocorrida em 30 de outubro de 1979. A cerimônia aconteceu na capela do cemitério Campo Grande, onde, além da leitura do poema cordel escrito por Laerte Coutinho A vida eterna de Santo, foi exibido o documentário Braços cruzados, máquinas paradas, de Roberto Gervitz.

Com a presença de amigos e familiares, do prefeito Fernando Haddad, do secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, do deputado estadual Adriano Diogo, dos deputados federais Nilto Tatto e Jamil Murad, entre outros, o evento contou com a presença de Dom Angelico Sândalo Bernardino, bispo emérito de São Paulo e responsável pela Pastoral Operária, quando da morte de Santo Dias.

Santo tornou-se um símbolo da luta pela igualdade de direitos e melhoria nas condições de vida dos trabalhadores brasileiros, como muitos outros que perderam suas vidas, ao defenderem democracia e melhores condições socioeconômicas e trabalhistas num momento da vida nacional em que a luta por tais direitos era considerada um risco à segurança nacional.

“Meu pai sempre foi muito presente para a família, para os filhos e falava para nós que qualquer dia alguma coisa, por causa de sua luta por justiça, poderia lhe acontecer. No dia que ele foi assassinado, eu e minha irmã fomos chamados até a diretoria da escola em que nós estudávamos. Chegando lá, vimos o padre Luís Giuliani, que estava esperando a gente. Antes de receber a notícia, pressenti que meu pai tinha morrido...”, contou emocionado Santinho, filho de Santo Dias.

Dom Angélico, ao dar seu testemunho sobre o martírio de Santo Dias, que acompanhou de perto, elogiou o programa Memória & Vida e a importância de atividades culturais que possibilitem às novas gerações conhecer os horrores perpetrados pelo autoritarismo do regime militar.

O secretário municipal Simão Pedro destacou que hoje, mais do que em qualquer outro período da nossa história, nós temos a chance de concretizar a democracia. “Os mecanismos para se alcançar o bem estar individual precisam ser revisitados constantemente para que não comprometam o bem estar coletivo e a concretização da democracia brasileira” – afirmou.

Fonte: Assessoria de Imprensa - Serviço Funerário Municipal

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