M'Boi Mirim recebe mais um viaduto do sistema viário do córrego Ponte Baixa

Complexo viário ganhou ainda uma nova avenida, paralela ao córrego que está sendo canalizado. Investimentos na região são de R$ 490 milhões

A Prefeitura de São Paulo entregou nesta segunda-feira (29) o segundo viaduto do sistema viário do córrego Ponte Baixa, em M'Boi Mirim, na zona sul. O prefeito Fernando Haddad e o secretário Roberto Garibe (Infraestrutura Urbana e Obras) visitaram o local, que ganhou ainda uma via, que segue da Avenida Guido Caloi até a confluência da Estrada do M’Boi Mirim com a Rua Daniel Klein. A nova avenida recebeu o nome de Luiz Gushiken. Além de intervenções viárias, o projeto também prevê obras de canalização do córrego.

"Só essa obra aqui são [quase] R$ 500 milhões. Nós vamos chegar até a [Rua José Barros] Magaldi, que é uma rua importante, até o final deste ano, o que já vai aliviar muito [o trânsito da região] do Jardim Ângela", afirmou o prefeito, ressaltando que à medida se soma à requalificação do corredor da Estrada do M'Boi Mirim. "Fizemos uma paralela à M'Boi, que vai ter mais efetividade no desafogamento do trânsito do que de outra forma, até pela agilidade da obra. É o maior investimento que já foi feito na história dessa região", disse.

O novo viaduto, de 336 metros de extensão, tem duas faixas de rolamento. Ele funcionará no sentido centro, e vai da Avenida Luiz Gushiken até a Avenida Guarapiranga. Um novo trecho de 480 metros do córrego canalizado também foi entregue nesta segunda-feira. Ele vai da Rua Frederico Grotte até a Rua Guilherme Valente, pela Avenida Luiz Gushiken. Este trecho, assim como a via perimetral ao lado do complexo de viadutos, possui ciclovia e, depois de completo todo o novo viário, possuirá um corredor ônibus, cuja infraestrutura já está montada.

"O Ponte Baixa tem uma simbologia: ele é um portal dos investimentos que nós estamos fazendo em toda a região sul da cidade. É bom que se diga que essa é a maior obra do PAC, tirando todos os metrôs que nós estamos apoiando em São Paulo. Isso se reveste de simbologia porque nós conseguimos trazer o PAC para a cidade de São Paulo. Conseguimos, só para a região sul, R$ 2,3 bilhões em drenagem", afirmou o secretário Roberto Garibe, mencionando também as obras das bacias do Cordeiro e Zavuvuz.

O conjunto de obras ligado ao córrego Ponte Baixa terá o custo total de R$ 490 milhões, dos quais R$ 164 milhões serão da Prefeitura e R$ 326 milhões do governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Entre as intervenções previstas, estão a construção de três viadutos de interligação - dois dos quais já entregues -, e a canalização de três quilômetros do córrego, do canal do Guarapiranga até a Estrada do M'Boi Mirim. A largura do córrego está sendo ampliada de quatro metros para 16,5 metros para suportar a vazão de água na época de chuvas.

Moradora da região há cerca de 10 anos, Iraci Bitencourt, 43, comemorou o empreendimento. "Os períodos de chuvas aqui na região sempre foram muito dramáticos. Já tive amigos e conhecidos que tiveram suas casas invadidas pela água. São móveis, geladeiras, cachorros e até mesmo pessoas levadas pela água. Com o alargamento do córrego, isso felizmente deve melhorar", disse.

Há mais de 40 anos que a população aguarda a realização dessa obra que deverá beneficiar cerca de 550 mil pessoas. A área da bacia hidrográfica do córrego Ponte Baixa é de aproximadamente 6,7 km². O córrego, que desemboca no canal Guarapiranga, sofre com a poluição e assoreamentos, e em época de chuvas transborda em vários pontos.

Também acompanharam a visita do prefeito os secretários municipais Ricardo Teixeira (Coordenação das Subprefeituras), Jilmar Tatto (Transportes) e Simão Pedro (Serviços).

Homenagem

A avenida que segue paralela ao córrego canalizado recebeu o nome de Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (2003-2005), morto em 2013. Durante a entrega da via, a viúva Elisabeth Gushiken e seus filhos Helena e Guilherme Gushiken receberam uma réplica da placa de identificação da via. "É importante nós termos obras dessa magnitude [na cidade]. Mais importante do que a canalização do córrego e [a construção] da avenida, da ciclofaixa e da faixa de ônibus, é a dignidade que essa população passa a ter com esse tido de obra. Isso é o que vale", afirmou Guilherme Gushiken.

Fonte: SECOM