Autarquia assina convênios com cooperativas da Vila Prudente e do Butantã

Parceria prevê galpões, uniformes, caminhões e maquinários para os cooperados

Mais um passo importante foi dado pela Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) para que São Paulo atinja a meta estabelecida pela atual gestão e amplie de 1,8% para 10% os índices de coleta seletiva no município, além de promover a geração de trabalho e renda. No último dia 28, a autarquia e a Secretaria de Serviços assinaram convênios com as cooperativas Recifavela, da Vila Prudente, e ReciclaButantã, que preveem a disponibilização de galpão, uniformes, caminhões e maquinários para os cooperados.

As assinaturas ocorreram no gabinete do secretário de Serviços, Simão Pedro, durante reunião que também contou com as participações do presidente da Amlurb, Silvano Silvério; da subprefeita de Vila Prudente/Sapopemba, Patrícia Saran; do subprefeito do Butantã, Luiz Fellipe de Moraes Neto; do coordenador do programa de Coleta Seletiva, Paulo Gonçalves de Souza; além de representantes das duas cooperativas.

"São os primeiros convênios assinados nesta gestão com os catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Agora temos uma nova política de governo e um total de 22 cooperativas conveniadas", destacou Silvano Silvério.

O secretário Simão Pedro disse que a implantação de quatro centrais mecanizadas de triagem em São Paulo, projeto que irá quintuplicar a produção diária de material reciclado das atuais 250 toneladas para 1.250, será feita com a inclusão dos catadores no processo de trabalho. Duas centrais, localizadas nas regiões da Ponte Pequena e Santo Amaro, estão previstas para maio de 2014. As demais, ainda sem local definido, serão inauguradas até 2016.

"No sistema atual, caminhamos para um colapso. Por isso, vamos ampliar a coleta seletiva e diminuir o volume do que mandamos para os aterros. Queremos chegar a um modelo em que os catadores serão remunerados pela Prefeitura pelo serviço que prestam", frisou Simão.

Recifavela e ReciclaButantã

O presidente da Recifavela, Cristiano Gonçalves Cardoso, saudou a iniciativa da Prefeitura. "É uma nova etapa. Atualmente, temos 20 cooperados e queremos triplicar esse número. Além disso, vamos trabalhar com moradores de rua, oferecendo perspectivas para essas pessoas". A cooperativa recicla 50 toneladas de materiais por mês e cada integrante tem renda média mensal de um salário mínimo.

Presidida por Heloísa Vitorino dos Santos, a Reciclabutantã conta com 32 cooperados, que produzem, aproximadamente, 50 toneladas mensais. O lucro de cada integrante no mesmo período é de R$ 500. "Vamos aumentar a produção e melhorar a qualidade de vida dos cooperados", afirmou.