SMDHC se reúne com conselheiros tutelares para dialogar sobre a gestão dos Conselhos

Foi a primeira vez que o governo municipal abriu o orçamento e convidou os conselheiros para participar da administração dos recursos, apontando necessidades e prioridades

O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, e o coordenador de Políticas para Crianças e Adolescentes da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), Fábio Silvestre, se reuniram na terça-feira, dia 29, com conselheiros tutelares de todas as regiões da Cidade. O encontrou teve como objetivo abrir o diálogo sobre a gestão administrativa e financeira dos Conselhos Tutelares, estimular a participação dos conselheiros nesta gestão e ouvir de cada um as principais demandas para melhorar suas atuações.

"Queremos manter esse canal de diálogo aberto. Queremos que vocês contribuam para a política, dando sugestões e cobrando os resultados. A Secretaria tem a participação social como método de gestão, acreditamos não ser possível fazer uma boa política sem ouvir a população e a sociedade civil", disse o secretário Rogério Sottili na abertura do encontro. Sottili ressaltou o fortalecimento dos Conselhos Tutelares, assim como o fornecimento de infraestrutura adequada aos conselheiros, como uma das 13 metas sob responsabilidade da SMDHC incluídas no Programa de Metas da Cidade de São Paulo, que reúne as ações prioritárias da Prefeitura para os próximos anos.

"Queríamos estimular o debate sobre as atribuições previstas no Estatuto dos Conselhos Tutelares e as dificuldades enfrentadas", disse Fábio Silvestre após o encontro. O coordenador ressaltou que foi a primeira vez na história do Conselho Tutelar da cidade de São Paulo que o governo municipal estabeleceu esse nível de diálogo, abrindo o orçamento e convidando os conselheiros para participar da gestão dos recursos, apontando as necessidades e prioridades.

Rudinéia Alves Arantes, coordenadora da Comissão Permanente dos Conselhos Tutelares e conselheira de Santo Amaro, também falou sobre a importância do encontro. "Demos continuidade às conversas que já vínhamos tendo e hoje temos um canal de diálogo para colocar nossas dificuldades e construir juntos alguma coisa. Nunca houve esse tipo de conversa. Nós tínhamos relação com as subprefeituras, mas diálogo mesmo, de sentar e conversar, nunca houve", afirmou a conselheira. Rudinéia destacou a importância de os conselheiros entenderem todos os trâmites administrativos e financeiros. "Hoje tem essa transparência de passar para nós o que dá para fazer. Essa relação é fundamental", concluiu.

Para Fábio Ivo, conselheiro em Brasilândia, a iniciativa da administração municipal de chamar os conselheiros para pensar no modelo de Conselho Tutelar desejado para a Cidade "demonstra que há uma vontade de resolver uma questão estrutural que nunca foi enfrentada". "Tivemos a oportunidade de apontar os objetivos, definir as prioridades e fazer juntos a execução do orçamento", declarou, enfatizando a importância de não ser apenas "como fazer, mas o que fazer".

Desde o início de 2014, a gestão dos Conselhos Tutelares da Cidade está sob responsabilidade da SMDHC.