A Prefeitura de São Paulo, por meio da Fundação Paulistana, entidade vinculada à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, em parceria com o Instituto Akhanda, realizou nesta manhã (2) a aula inaugural do programa ReciclaTec, um curso de capacitação profissional gratuito que trata sobre a geração de renda através da valorização e transformação dos resíduos sólidos, conhecido como upcycling. O evento contou com a presença da secretária Aline Cardoso, da chefe de gabinete da Fundação, Maria Eugênia, da coordenadora de ensino, pesquisa e cultura, Isabela de Scarpa Anzuino, do presidente do Instituto, Alexandre Teixeira e do coordenador do ReciclaTec, Edmilson Karai, que deram as boas-vindas aos mais de 100 inscritos que vão participar do projeto.
Até junho deste ano, as aulas acontecem na sede do Instituto Akhanda e no Parque Natural Municipal do Itaim, ambos na zona sul, e no Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo, na zona leste da capital. Nos próximos quatro meses, será expandido às regiões norte e oeste. O Instituto Akhanda, responsável pelo conteúdo programático das aulas e da preparação profissional dos participantes, pretende formar 1000 munícipes.
“Tem alguns setores, algumas profissões que não vão ter mais saída, mais oportunidades; tem outras que vão crescer muito. E nos próximos 10 anos vão ter novas frentes de atuação. E não há a menor dúvida que o setor que estão se envolvendo, estudando, aprendendo, adquirindo conhecimento é um dos setores que vão mais crescer na cidade de São Paulo nos próximos 10 anos” comenta a secretária Aline Cardoso.
O conteúdo das disciplinas aborda noções básicas de gestão dos resíduos sólidos, legislação, políticas públicas até oficinas práticas como produção de peças e tecidos, transformação de pallets de madeira em objetos de decoração e móveis, criação de ecojóias, entre outros.
Diferente da reciclagem que recria um objeto descartado, o upcycling, cujo conceito surgiu em 1990, propõe a valorização do ciclo, que é transformar com criatividade um objeto em desgaste ou desuso em um novo produto, conservando seu material e evitando o seu desperdício. Muitas empresas e empreendedores que aderiram à iniciativa, investiram nos setores de móveis e decoração, acessórios, calçados e confecções de roupas e hoje comercializam produtos de maneira sustentável e inovadora. Rogério Pereira de 54 anos, não consegue se reinserir no mundo do trabalho há 4 anos. Agora inscrito, aposta que a sustentabilidade vai abrir caminhos para montar seu primeiro negócio. “A ideia é trabalhar com economia criativa, com decoração. Eu tenho um curso de marcenaria e posso ir para essa área, reaproveitando móveis usados como sofá, cama, entre outros.” explica.
Por Luis Antonio