CompartilheLançado em junho deste ano, a mais nova modalidade de copatrocínio da Secretaria Municipal de Cultura, o edital “Arte na cidade”, foi criado com o objetivo de estimular artistas e curadores a promover intervenções criativas no espaço urbano (edificações, parques e praças), ao ar livre. Trata-se de estimular a percepção da cidade pelos seus habitantes, assim como ampliar a noção de espaço público.
Na edição de sexta-feira (19 de novembro) do Diário Oficial da Cidade de São Paulo foram publicados os sete projetos selecionados entre os 78 inscritos. Com previsões de duração distintas os projetos podem chegar a ocupar espaços no período de um mês a 2 anos. Os selecionados têm até seis meses após a assinatura do contrato para desenvolver o projeto.
Foram selecionados: Laura Vinci, com o projeto Clara-clara, que consiste numa intervenção de grande porte no Centro, na Rua Miguel Couto, com 7 grandes bolsas iluminadas, com formato de uma rede, suspensas por cabo de aço a diversas alturas do chão; Eduardo Coimba, com o projeto Nuvem, que consiste numa instalação de cinco caixas de luz que intercalam imagens fotográficas de nuvens e espelhos, a ser instalada na Praça do Patriarca; Thiago Rocha Pitta criará a pintura mural de grande formato Projeto para uma pintura com temporal na empena de um prédio na Avenida São João com a Avenida Duque de Caxias; José Resende traz a instalação Canteiro de Operação, na qual suspenderá vagões abandonados usando grande volume de areia em terreno localizado entre a Avenida Presidente Wilson e Borges de Figueiredo; Com Descanso na sala, José Spaniol propõe a instalação de uma sala e quarto em metal pedurados ao contrário a 7 metros de altura do chão e a imagem será refletida no lago do Parque Alfredo Volpi; Em Imargem – Cartograffiti, Mauro Sérgio Neri fará uma observação da cidade no perímetro entre o Parque Ibirapuera e Grajaú que resultará em Graffiti e instalações ao longo do percurso; Paulo Camilo de Oliveira Penna apresenta a obra Tamanduateí que consiste em colagens e xilogravuras em grande formato nos pilares e passarelas.
A seleção aconteceu em duas fases: na primeira, a análise de viabilidade do projeto com relação ao espaço escolhido foi feita por representantes do Museu da Cidade de São Paulo, Departamento do Patrimônio Histórico, Centro Cultural São Paulo, Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Em seguida, uma comissão formada por Inês Raphaelian, diretora do Museu da Cidade de São Paulo, Ricardo Resende, diretor do Centro Cultural São Paulo, Teixeira Coelho, curador do Museu de Arte de São Paulo, Marcelo Araújo, diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo e Agnaldo Farias, crítico de arte e curador da 29ª Bienal de São Paulo, selecionou os candidatos com base no mérito do projeto.