Dido e Enéas retorna ao galpão do Municipal

A ópera Dido e Enéas, de Henry Purcell, de 5 a 7 de dezembro no galpão do Municipal

O Theatro Municipal de São Paulo preparou uma surpresa para quem esperava que Sansão e Dalila, obra de autoria de Camille Saint-Saëns encenada no mês passado, fecharia a temporada lírica deste ano. Escolhida para inaugurar as instalações da Central de Produções Chico Giacchieri, em setembro, a ópera Dido e Enéas, de Henry Purcell, tem mais quatro apresentações, de 5 a 7 de dezembro. A montagem utiliza como palco o galpão localizado na Vila Canindé, Zona Norte.

Na ocasião da estréia, o local, com capacidade para 200 pessoas, teve lotação esgotada. Por essa razão, decidiu-se reencenar o espetáculo dirigido por Antonio Araújo, com participação do Teatro da Vertigem. À frente de um conjunto composto por 14 músicos da Orquestra Experimental de Repertório está novamente o maestro Tiago Pinheiro.

Apresentar-se em espaços não-convencionais pode ser familiar para os atores da companhia teatral, mas foi um desafio para a produção da ópera. “Tivemos que realizar alguns ajustes por conta da acústica do galpão”, diz Pinheiro, responsável também pela direção musical do espetáculo. Antes disso, o maestro se dedicou a projetos relacionados a obras líricas contemporâneas, como em 2005, ano em que regeu a ópera Até que se apaguem os avisos luminosos, de autoria de Arrigo Barnabé.
Dido e Enéas tem participação do Coral Paulistano, além dos solistas Luisa Francesconi (Dido), Leonardo Neiva (Enéas), Silvia Tessuto (Feiticeira) e Rosimeire Moreira (Belinda). A trama retrata a história de amor vivida entre Enéas, príncipe troiano, e a rainha de Cartago, Dido.

|Serviço: Central de Produção Chico Giacchieri. Rua Pascoal Ranieri, 75, Vila Canindé. Dias 5 e 7, 20h. Dia 6, 19h e 21h. R$ 20 (ingressos vendidos somente na bilheteria do Theatro Municipal ou por meio da Ticketmaster: www.ticketmaster.com.br)