Tramas da dança contemporânea se encontram em festival

Reunindo artistas de São Paulo, Votorantim, Espanha, Alemanha, Equador, Uruguai e Suécia, a Galeria Olido promove, de 12 a 16, o 1º Festival Contemporâneo de Dança em São Paulo

Com direção artística de Adriana Grechi e Marcelo Evelin, o encontro traz trabalhos que mostram o olhar do outro como meio de dialogar e interferir na construção de cada obra. A idéia de troca entre criadores, teóricos, dançarinos e espectadores é o ponto de partida para novas experiências, e esse resultado é interpretado. “Para o Festival, reunimos criações de artistas que têm em comum a visão de produção compartilhada das pesquisas coletadas ao longo de suas carreiras”, explica Adriana.

Abrindo a programação, o grupo Musicanoar, de São Paulo, apresenta, dia 12, às 20h, o espetáculo Vapor. Concebida e interpretada por Helena Bastos, que divide o palco com Raul Rachou, e dirigida por Vera Sala, a coreografia propõe uma leitura dos corpos associada à argila, como estrutura porosa que se remodela a cada instante.

Co-idealizado por Laura Bruno, Mara Guerrero, Tarina Quelho e Sheila Arêas, o projeto DR, também de São Paulo, discute, dia 13, às 18h, as relações entre o processo de criação e o produto artístico. A partir das 20h, a uruguaia Federica Folco e a equatoriana Josie Cáceres encenam Maravillosa, trabalho surgido de questões relacionadas ao mercado e à necessidade que o artista tem de participar da sociedade de consumo para atingir um público maior.

Thelma Bonavita e Cristian Duarte, de São Paulo,  apresentam Eletro-químicos, baby, dia 14, às 20h, espetáculo inspirado em temas como consumismo, moda, sexualidade, natureza e cultura. Com curadoria de Fabiana Dultra Britto, o projeto Teorema Demonstrativo convida artistas e teóricos de dança a participarem, dia 15, às 16h, da encenação de quatro trabalhos formulados por coreógrafos contemporâneos. No mesmo dia, às 20h, a espanhola Cristina Blanco apresenta cUADRADO_fLECHA_pERSONA_qUE_cORRE. Na seqüência, às 21h, a Key Zetta e Cia., de São Paulo, interpreta O homem continua ou Como pode um homem pensar que é dono de um boi?.

Encerrando a programação, dia 16, os artistas do Coletivo O12, de Votorantim; Daniel Almgren, da Suécia; e Thomas Lehmen, da Alemanha; mostram suas criações