Ambos os projetos fazem parte do processo de revitalização da região central da Cidade.

Com um custo de implantação de R$ 94,8 milhões e obras com duração prevista de 3 anos e 2 meses, a Praça das Artes é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura para transformar a chamada “quadra 27” em um pólo irradiador de cultura no centro da cidade. O complexo de aproximadamente 28.500 m2 estará localizado no quarteirão atrás do Theatro Municipal de São Paulo, formado pelas ruas Conselheiro Crispiniano, Formosa, avenida São João e praça Ramos de Azevedo e terá o formato de um T.

O projeto idealizado pelo arquiteto da Secretaria Municipal de Cultura, Marcos Cartum, em parceria com os arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, do escritório Brasil Arquitetura busca instalar no coração da região central uma sede coletiva que reunirá todos os corpos artísticos do Theatro Municipal: Orquestra Sinfônica Municipal, Orquestra Experimental de Repertório, Balé da Cidade de São Paulo, Coral Lírico, Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo e o Coral Paulistano, os dois últimos com formação de câmara. Com a mudança para a Praça das Artes, eles poderão realizar seus ensaios em salas que reproduzem as dimensões do palco e o Theatro Municipal ficará disponível para abrigar um número maior de espetáculos.

O conjunto de construções propostas para a composição da Praça das Artes é dividido em três módulos: módulo dos corpos artísticos, que será voltado para a rua Formosa e abrigará as sedes das orquestras, corais e companhia de balé; módulo do estacionamento, com capacidade para 200 vagas, cujo acesso se dará pela rua Conselheiro Crispiniano; módulo das escolas, composto das escolas de Música e Dança, restaurante e área de convivência comum. Este bloco se comunica com o edifício do Conservatório Dramático e Musical que abrigará o Museu do Teatro e será incorporado ao complexo cultural após obras de restauro e conservação. Seu salão principal servirá de sede para o Quarteto de Cordas da Cidade por se tratar do único palco para conjuntos de câmara da cidade. Ao lado do Conservatório será erguido o edifício do Centro de Documentação Artística, que abrigará o valioso acervo do Conservatório, que será higienizado, restaurado e catalogado e aberto futuramente à consulta pública.   

Além deste, outro importante passo foi dado no último dia 20 com o lançamento do edital para escolha da empresa que realizará reforma no futuro anexo da Biblioteca Mário de Andrade. A entrega da obra do prédio com 16 andares está prevista para 2011.

O prédio localizado na rua Bráulio Gomes foi sede do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Ipesp) e teve seu uso autorizado pela municipalidade, em 2006, por meio de um termo de permissão do governo do Estado. A incorporação do edifício à biblioteca vem ao encontro de uma demanda de mais de 50 anos, quando já se falava da necessidade de uma “segunda torre” que pudesse acomodar melhor o rico acervo de periódicos da instituição e, conseqüentemente, aliviar o prédio principal que contém 22 andares.

O projeto de intervenção na construção foi desenvolvido pelos arquitetos José Armênio Brito Cruz e Renata Semin da empresa Piratininga Escritórios Associados. As obras irão contemplar a modernização das instalações elétricas, hidráulicas, de telecomunicações e climatização. As escadas, esquadrias e dispositivos de prevenção de incêndio serão revistos. A licitação da obra será realizada pela Empresa Municipal de Urbanização – EMURB, contratada pela Secretaria Municipal de Cultura.
A recuperação do prédio do antigo IPESP é uma ação que está inserida no Programa PROCENTRO e visa à recuperação da região da cidade de São Paulo com patrocínio do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID. A previsão para conclusão desta obra é de 14 meses e o custo será de R$ 10,8 milhões.